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Activista sueca Greta Thunberg recebida por Angela Merkel

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Foto EPA

A ativista sueca e figura do movimento climático Greta Thunberg foi hoje recebida pela chanceler alemã Angela Merkel em Berlim depois de denunciar a "inação política" e a "negação" dos estados face às mudanças climáticas.

A chanceler alemã, cujo país assegura este semestre a presidência da União Europeia, recebeu a jovem ativista, que há dois anos iniciou a sua mobilização pelo clima.

No encontro estiveram Greta Thunberg e outros elementos do seu movimento, entre os quais Luisa Neubauer (Alemanha), Anuna de Wever e Adélaïde Charlier (Bélgica), que solicitaram a reunião.

Angela Merkel disse estar "feliz" em recebê-los.

Numa carta aberta assinada por vários ativistas do clima, publicada pelo diário britânico The Guardian e o semanário alemão Der Spiegel antes do encontro, Greta Thunberg disse que a " UE deve finalmente agir, a Alemanha deve tomar a iniciativa: os investimentos em combustíveis fósseis devem parar, o ecocídio deve tornar-se um delito punível".

"Na hora de agir, estamos sempre em estado de negação. A crise climática e ecológica nunca foi tratada como uma crise", salientam os ativistas.

"Diremos a Merkel que ela deve enfrentar a emergência climática, especialmente porque a Alemanha agora detém a presidência da União Europeia", referem.

De acordo com os ativistas, "a Europa tem a responsabilidade de agir ".

Este encontro ocorreu dois anos após o início da mobilização da jovem sueca, que, então com 15 anos, se manifestava todos os dias em frente ao parlamento sueco.

Desde então, a sua mobilização espalhou-se por vários países, com as manifestações semanais "Sextas-feiras para o futuro".

A Alemanha continua fortemente dependente do carvão devido à sua eliminação gradual da energia nuclear após o desastre de Fukushima em 2011.

Porém, o país conseguiu, graças ao declínio da atividade ligada ao novo coronavírus, o objetivo de reduzir suas emissões em 40% em relação ao patamar da década de 1990.

A Alemanha pretende abandonar sua produção de eletricidade a carvão até 2038, uma data considerada tarde demais pelos ativistas do clima.

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