Madeira

BE diz que instrumentalização da comunicação social pelos interesses económicos enfraquece a democracia

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“Se o controlo do Estado sobre os órgãos de comunicação possibilitava a instrumentalização pelos Governantes, a privatização e a integração em grupos privados não dá qualquer garantia de maior isenção e rigor da informação e de pluralidade de pontos de vista. Pelo contrário o risco é agora os órgãos de comunicação social serem usados para manipular o público e os governos, em prol dos interesses económicos dos seus donos”, defende Paulino Ascenção.

O ‘bloquista’ disse que” o quadro fica mais negro se considerarmos a desregulação e a precarização nas relações de trabalho, que também aflige os jornalistas e os deixa mais desprotegidos e sujeitos a pressões e a abusos”.

“Um exemplo concreto são as falsas notícias que têm sido difundidas pela comunicação regional sobre a responsabilidade da greve dos estivadores no atraso do abastecimento de mercadorias à Madeira, quando a greve ainda nem começou.

São notícias que visam atacar os direitos dos trabalhadores, em particular o direito à greve, descredibilizar as organizações sindicais e proteger interesses monopolistas que colidem com os interesses dos estivadores e os seus direitos a uma vida digna e a uma remuneração justa”, sustentou.

Defendeu que “a liberdade de imprensa, a pluralidade da comunicação são fundamentais à democracia”, sendo que “esta fica enfraquecida com o condicionamento da comunicação social”.