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Descontaminação da roupa e desinfeção de lavandarias

A roupa tem sido descurada por muitos de nós no que toca à desinfeção, mas é preciso que nos lembremos que o vírus SARS-CoV-2 mantém-se também nos tecidos. Em vários estudos comprovou-se que o vírus apenas não é detetado nas roupas passados 1 a 2 dias.

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A lavagem de roupa nas nossas casas é, desde sempre, algo que acompanha as nossas lides domésticas. Mas com o desenrolar da pandemia, a nossa segurança depende também da maneira como cuidamos da nossa roupa.  A descontaminação de têxteis é conseguida com calor e com detergentes por lavagem própria ou industrial.

Vários estudos indicam que os microrganismos sobrevivem em tecidos por longos períodos de tempo e podem transferir-se para a pele e outras superfícies, sugerindo que é biologicamente plausível que várias doenças infeciosas possam ser transmitidas diretamente pelo contato com tecidos contaminados. 

Consequentemente, há uma série de estudos de caso que relacionam pequenos surtos com lavagem inadequada ou processos de controlo de infeção em torno das lavandarias de e para serviços de saúde. Estudos também demonstraram a sobrevivência de micróbios potenciais durante a lavagem de têxteis, o que pode aumentar o risco de infeção, apoiando os dados publicados em estudos de casos de surtos específicos.

Embora a lavagem deva principalmente remover manchas e sujidade de tecidos, a eliminação de contaminação também é um objetivo importante do processo de lavagem. Enquanto a lavagem industrial assenta em processos padronizados usando altas temperaturas (ou seja, 60 ° C e acima) e agentes de branqueamento para garantir uma desinfeção higiénica dos tecidos, os processos de lavagem doméstica são menos definidos.

Vários estudos descritos na Biblioteca Nacional de Medicina, no Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia, nos EUA, que poderá consultar em:

 PubMed.gov [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/], defendem que as lavagens, de modo a serem eficazes e higienizarem os tecidos, deverão ser feitas sempre a 60º ou mais.

De relembrar que a roupa deverá ser manuseada com especial cuidado, uma vez que pode ainda conter partículas infetadas, presentes nas fibras da roupa, para que estas não se espalhem. Deve utilizar luvas e máscara quando tratar da roupa suja caso tenha contacto com algum caso positivo, sem esquecer a desinfeção do recipiente de transporte da roupa.

As peças de roupa devem ser retiradas sem sacudir, enroladas no sentido de dentro para fora e devem ser imediatamente colocadas na máquina de lavar roupa. Devem ser lavadas à temperatura mais alta que puderem suportar (pelo menos a 60ºC durante 30 minutos).

Se a roupa não puder ser lavada a quente, deve ser lavada na máquina a temperaturas entre 30-40ºC, com um desinfetante apropriado para a roupa e compatibilidade com a máquina.

Na ausência de uma máquina de lavar, deve embalar as roupas e acondicioná-las num saco impermeável, fechando-o bem até ao local de lavagem.

LAVANDARIAS INDUSTRIAIS

Gostaríamos de ressalvar que é importantíssimo não esquecer que as lavandarias industriais, apesar de terem mecanismos automáticos e adequados para lavar e higienizar a roupa, devem ser constantemente desinfetadas.

Os pontos de contacto principais a ter em consideração são, essencialmente, as maçanetas das portas, assim como a parte superior do puxador – há muita gente que já não agarra as maçanetas! – o ecrã e os botões das máquinas, sejam de lavar ou de secar roupa, sem esquecer o manípulo de abertura do tambor das máquinas e os carrinhos de roupa ou os contentores onde se transporta a roupa.

Lembre-se de usar máscara e luvas enquanto efetua a desinfeção!

A Seta Verde – Higiene, Lda. aconselha a utilização do produto BIOQUAT, da marca Biosoluções®, notificado à DGS – Direção Geral de Saúde, cuja composição de base alcoólica tem um desempenho virucida de cerca de 1 a 3 minutos.

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Fontes:

WHO (World Health Organization). 2020. Transmission of SARSCoV-2: implications for infection prevention precautions Scientific Brief 9 July 2020. COVID-19: Infection prevention and control / WASH[10 de junho 2020]. Disponível em:

 https://www.who.int/publications/i/item/modes-of-transmission-of-virus-causing-covid-19-implications-for-ipc-precaution-recommendations

D P Bockmühl, Laundry hygiene-how to get more than clean, Journal of Applied Microbiology, DOI: 10.1111/jam.13402

Kate Riley ,  Katie Laird ,  John Williams, Washing uniforms at home: adherence to hospital policy, in affiliation with School of Design, Department of Fashion and Textiles, De Montfort University, Leicester, England, DOI: 10.7748/ns.29.25.37.e9268

N Lakdawala, J Pham, M Shah, J Holton, Effectiveness of low-temperature domestic laundry on the decontamination of healthcare workers' uniforms, in affiliation with Centre for Infectious Diseases and International Health, Windeyer Institute of Medical Sciences, University College London, London WC1T 4JF, UK, DOI: 10.1086/662183

B Ossowski, U Duchmann, [Effect of domestic laundry processes on mycotic contamination of textiles], in affiliaton with Hautklinik Ludwigshafen, DOI: 10.1007/s001050050600

Eva Tano, Asa Melhus, Level of decontamination after washing textiles at 60°C or 70°C followed by tumble drying, in affiliation with Department of Medical Sciences/Section of Clinical Bacteriology, Uppsala University, Uppsala, Sweden and Department of Medical Sciences/Section of Clinical Bacteriology, Uppsala University, Uppsala, Swede, DOI: 10.3402/iee.v4.24314

Direção Geral da Saúde. Lavagem de Roupa, 22/05/2020. (DGS) - https://covid19.min-saude.pt/lavagem-da-roupa/