Madeira

MDM assinala Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres

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O Movimento Democrático de Mulheres (MDM), núcleo da Madeira, volta a assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, a 25 de Novembro.

O objectivo é alertar a sociedade para o combate à violência contra as mulheres seja de que natureza for: violência doméstica, tráfico de mulheres, violência no namoro, prostituição ou ainda o assédio laboral e sexual que vitimiza sobretudo as mulheres.

De acordo com o MDM, "a violência doméstica é a faceta mais visível da violência contra as mulheres e que maior condenação tem acolhido por parte da opinião pública, mas existem outras formas de violência que ainda não condenadas, e são mesmo toleradas, como a são a mercantilização e objectificação da mulher nas redes coais e meios audiovisuais, onde proliferam imagens estereotipadas da mulher- objecto, com concepções violentas e fortemente sexualizadas da relação entre mulheres e homens".

"Falta a alteração das mentalidades e dos preconceitos contra as mulheres, que consolidem o seu direito inalienável à liberdade e à igualdade na vida", defende.

Segundo o MDM, "o exercício dos direitos das mulheres em pleno seculo XXI continua a estar comprometido pela crescente desigualdade social e pela herança secular patriarcal e machista da nossa sociedade, pelo que é necessário que toda a sociedade e os vários poderes, políticos e judiciais, levem mais longe acções concretas de prevenção e combate a todo e qualquer tipo de violência contras as mulheres".

"Porque ainda hoje, e mesmo na Europa, uma em cada três mulheres é vítima de violência", sustenta.

Na RAM defende que sejam reforçadas as verbas no próximo orçamento regional para que sem possíveis melhores respostas dos serviços públicos de protecção de mulheres e que as resoluções já aprovadas pelo Governo Regional sejam cumpridas.

"Os principais problemas já estão identificados e há mesmo uma estratégia regional para o combate à violência doméstica, mas a sua execução está aquém do que seria esperado e necessário", acrescenta.

No que concerne a mulheres vítimas de agressão sexual ou de tráfico ou a mulheres que se veem forçadas à prostituição, refere que "falta ainda definir medidas de protecção social, de apoio psicológico e de reinserção social".

"Falta ainda que se concretize definitivamente o fim de toda e qualquer violência contra as mulheres, dentro e fora de portas! Falta ainda que a igualdade de direitos entre géneros seja, por fim, uma realidade. Porque falar de violência contra as mulheres é falar de calamidade pública e de uma ação criminosa que atenta torpemente contra a elementaridade dos direitos humanos!", concluiu.

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