Desporto

Marítimo vence pela 1.ª vez no Dragão para o campeonato

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O Marítimo fez história esta noite, no Estádio do Dragão, ao vencer o FC Porto por 3-2.  Rodrigo Pinho, aos 24 e 52, e Nanu, aos 90+4, marcaram os golos verde-rubros, enquanto Pepe (42) e Otavio (90+9) marcaram os tentos do campeão nacional.

O Marítimo impôs hoje a primeira derrota ao campeão FC Porto na edição 2020/21 da I Liga de futebol, em pleno Dragão, por 3-2, num jogo da terceira jornada em que Alex Teles desperdiçou uma grande penalidade.

A formação insular esteve sempre em vantagem, conseguindo o que nunca fizera nas 40 visitas anteriores aos portistas para o campeonato, graças aos tentos de Rodrigo Pinho, uma das figuras do encontro, com um 'bis', aos 24 e 52 minutos, e de Nanú, já nos descontos, aos 90+4. Os golos do FC Porto foram anotados por Pepe e Otávio, aos 42 e 90+9 minutos, respetivamente.

Com este resultado, o Marítimo igualou os seis pontos do FC Porto, numa classificação por agora liderada pelo Santa Clara, com sete. O Benfica pode isolar-se na frente do campeonato, caso vença o Farense, no domingo.

Sérgio Conceição deu a titularidade a Diogo Costa, em substituição do lesionado Marchesín, e, numa aposta mais ofensiva, trocou o médio Uribe pelo extremo colombiano Luis Díaz, para ajudar a desbloquear uma reforçada defesa do Marítimo, novamente alargada a cinco elementos.

Lito Vidigal acrescentou o central Lucas Áfrico, em vez de Jean Cléber, num 'onze' que também incluiu o lateral Marcelo Hermes, no lugar do castigado Fábio China, e o extremo Correa, mais rápido que a anterior opção Edgar Costa, numa construção com duas linhas muito próximas, formando um bloco compacto a defender, retirando espaço aos portistas, sem nunca deixar de pensar no contragolpe, com Rodrigo Pinho como elemento de referência ofensiva apoiado por Nanu, Correa e, não raras vezes, Hermes.

Como se esperava, o FC Porto assumiu as despesas do jogo, mas sentiu dificuldades para trocar e ter a bola no último terço, uma dificuldade acrescida pelo ritmo moderado, por vezes previsível, com que o fazia, facilitando a missão dos insulares, que alternavam na vigilância sempre mais apertada a Marega e, também, nos corredores, conseguindo reorganizar-se na frente, explorando o adiantamento de Hermes na esquerda.

Nos primeiros 10 minutos, só por uma vez o FC Porto, por Díaz, conseguiu quebrar a barreira defensiva do Marítimo, mas o colombiano demorou tempo a rematar, perdendo a oportunidade que os insulares espreitaram quase na resposta, aos 12 minutos, mas Correa, que chegou a introduzir a bola na baliza de Diogo Costa, estava em posição irregular, como confirmou o videoárbitro, numa ameaça que os pupilos de Lito Vidigal viriam a concretizar em golo aos 24.

Com espaço nas costas dos médios portistas, pouco agressivos no primeiro tempo, Nanú desmarcou Rodrigo Pinho e o avançado brasileiro do Marítimo, com algum conforto, tirou um defesa da frente e rematou para o fundo da baliza, inaugurando o marcador.

Os campeões nacionais podiam ter empatado praticamente na resposta, num remate de Corona travado por Amir, dando início à reação portista, também facilitada pelo recuo inconsciente ou estratégico do Marítimo para as imediações da sua área. Mesmo sem levar perigo à baliza insular, 'disparavam' as probabilidades de isso acontecer.

O que o FC Porto não conseguiu em lances corridos, alcançou de bola parada, aos 42 minutos, num canto cobrado por Alex Telles da esquerda e o cabeceamento certeiro de Pepe, a empatar no jogo 150 com a camisola portista.

A formação 'azul e branca' regressou do intervalo aparentando outra disposição, a trocar a bola de forma mais rápida e mais agressiva sem bola, Díaz, logo no reatamento e numa das últimas intervenções no jogo, desperdiçou um ressalto à entrada da área dos madeirenses, que voltariam a marcar na primeira subida à área contrária, aos 52 minutos.

Getterson marcou um livre frontal e, pela segunda jornada seguida, Rodrigo Pinho 'bisou', agora de cabeça, em bola devolvida pelo 'ferro', surpreendendo o guarda-redes e a defesa portista. Novamente em vantagem, os insulares recuaram ainda mais as linhas e foram defendendo como puderam, recorrendo por vezes ao antijogo.

O FC Porto tentou, quase sempre mais com o coração do que a cabeça, criou diversas oportunidades de golo, com destaque para um remate ao 'ferro' de Corona, aos 70, mas não foi feliz na finalização, contando ainda com anoite inspirada de Amir, decisivo a defender remates de Marega e Otávio (83 e 85), mas, sobretudo, a negar a cobrança de uma grande penalidade a Alex Telles (87), a castigar uma pretensa carga a Marega na área maritimista.

Sérgio Conceição arriscou tudo, colocando elementos frescos no meio-campo e ataque, mas destapou a defesa, por onde, num golpe também de alguma felicidade, Nanú, em velocidade desde a zona defensiva, voltou a marcar para o Marítimo, já nos descontos, com um remate portentoso à entrada da área da formação portista, que ainda iria conseguir amenizar a derrota, com o tento de Otávio, aos 90+9, numa das últimas jogadas do jogo.

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