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'Fractal Funchal Fest' leva a cultura e a arte a vários pontos da cidade

O evento tem hoje início e prolonga-se até 30 de Outubro

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Um festival diferente que junta música, pintura, cinema e instalações artísticas pela cidade do Funchal. Esta é a proposta do Fractal Funchal Fest, um evento de arte urbana que 'mexe' com a cidade a partir desta sexta-feira e até ao dia 30 de Outubro.

Na apresentação do evento, que decorreu esta tarde, no Teatro Municipal Baltazar Dias, Carolina Caldeira convidou todos os madeirenses a participarem neste festival. A 2.ª edição que hoje arranca conta com um programa ajustado às contingências da pandemia de covid-19. 

O evento arranca com uma sessão de cinema drive-in, a partir das 21 horas de hoje, no parque de estacionamento do edifício 2000, numa selecção de curtas-metragens pelo Shortcutz Funchal.

Já no sábado há cine-concerto, em que filmes mudos serão musicados por Pedro Tem Tem e Ricardo Correia. O festival regressa no dia 29 de Outubro, nos jardins da Igreja Inglesa com um concerto inédito do projecto Flor, com Diana Duarte, em conjunto com Gonçalo Sousa e o Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha. Terá também transmissão on-line.

O festival encerra no dia 30, com uma Listening Party denominada 'Uma Noite Romântica com João Borsch', que apresenta o seu mais recente trabalho.

Todos estes eventos são de entrada livre, mas carecem de inscrição prévia.

8 instalações artísticas e arquitectónicas dispersas pela cidade

Ao longo do festival estão dispersas pela cidade várias instalações artísticas e arquitectónicas. No Parque de Santa Catarina é possível encontrar uma microbiblioteca e no cimo da Rua do Quebra Costas uma instalação denominada 'Insulana #1'.

No Jardim da Igreja Inglesa podemos encontrar uma ilusão de espelhos denominada 'Panoptikum' e no Sé Boutique Hotel o 'Rua do Sabão Lávádor'. Quem visitar a Rua do Esmeraldo encontra o 'Há um Peso' e no Centro Comercial Oudinot a instalação 'Abafa-te, abifa-te, avinha-te'. 

Por fim, no Largo do Corpo Santo é possível encontrar a instalação 'Insulana #2'.

Porta fica para a cidade como lembrança do festival

A oitava instalação, da autoria da artista plástica Fátima Spínola, é uma porta pintada no número 16 da Rua 31 de Janeiro. Tal como explicou a artista, a pintura da mesma baseou-se na história da cidade e das ruas a que a porta dá acesso: Rua da Cadeia Velha, Rua Direita, Rua Dr. Fernão de Ornelas, Travessa da Malta e Largo do Pelourinho.

A prostituição como forma de fugir à pobreza e a situações de violência inspirou Fátima Spínola. "Por isso o nome da obra é Corpos Públicos", explicou, acrescentando basear-se num estudo sobre a realidade da época. "Quem eram estas mulheres numa terra tão moralista?", questiona.

Esta é a obra que ficará patente permanentemente no Funchal, como que uma recordação desta edição do festival.

Miguel Silva Gouveia fala na cidade como "equipamento cultural"

O presidente da Câmara Municipal do Funchal também marcou presença na apresentação deste festival e fez questão de salientar que o mesmo olha a cidade como "equipamento cultural".

Essa é uma visão que, segundo Miguel Silva Gouveia, também é partilhada pela autarquia, que apoia este evento. "Conhecemos a realidade dos nossos tempos pela criação dos artistas", frisou.

O presidente lembrou ainda que este é mais um evento que solidifica a candidatura do Funchal a Cidade Europeia da Cultura 2027.

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