Futebol, Angola, Assembleia e coronavírus dominam capas dos jornais
A Bola tem edição comemorativa. No Público a manchete é de que o Tribunal de Contas recusa visto para compra de fármacos a hospitais com saldos negativos
O jornal A Bola celebra hoje 75 anos com uma edição revivalista, de colecção, com as notícias da actualidade e um caderno alusivo ao aniversário, onde conta como nasceu e porque não morreu. Na maior, escreve “Diabo vermelho”. Bruno Fernandes foi finalmente transferido para o Mancheter United. A notícia está também no Record. “Fechado”, diz o título. Foram 55 milhões mais 25 milhões em objectivos. O contrato é até 2025 e o jogador vai ganhar 6 milhões por ano. É a segunda maior transferência da história do futebol português. “Vitória contra a crise” acrescenta ainda sobre o 2-1 do FC Porto frente ao Gil Vicente. O Jogo também noticia o negócio de Bruno Fernandes mas a um canto. A imagem maior e a notícia principal são da vitória do Porto. “Dragão resiste”, escreve o desportivo.
Na imprensa generalista, o caso de Isabel dos Santos continua a fazer manchetes. No Correio da Manhã a notícia de que o EuroBic, de que a empresária angolana era a principal accionista, deu crédito de 9 milhões a empresa do marido desta para negócio de diamantes. O empréstimo foi autorizado e concedido em Portugal. A imagem da edição é da venda de Bruno Fernandes pelo Sporting ao Manchester United.
No Público, a notícia rainha de hoje é que a compra de fármacos foi recusada a hospitais com saldos negativos. O Tribunal de Contas recusou o visto a pelo menos 35 contratos. A imagem principal é da luta contra a nova epidemia. “Vamos conseguir travar o novo coronavírus?” Francisco George defende mudança na Constituição para permitir internamento obrigatório por motivos de saúde pública. No cabeçalho a proposta de Joacine do Livre para devolver património Cultural e a polémica resposta do Chega.
É precisamente este o tema que faz manchete no i. André Ventura propôs que Joacine “seja devolvida ao seu país de origem”. O partido Livre saiu em defesa da deputada e fala em palavras “deploráveis e racistas” do líder do Chega. Nesta edição do i também o caso de Angola: Isabel dos Santos admite ter recebido em Portugal mais de mil milhões de dividendos da Unitel. Sobre o coronavírus, o jornal revela em grande que a Europa está em alerta máximo e que os portugueses repatriados vão ficar sob observação em casa. Junta na capa um relatório da OCDE que aponta que em quatro anos o número de sem-abrigo aumentou 157% em Portugal.
Novo Banco pede insolvência de milionário com dívida de 375 milhões. BES aceitou acções de valor quase nulo como garantia em empresário Moniz da Maia. O dinheiro dificilmente será recuperado, diz o JN, acrescentando que sobram apenas terrenos em Benavente. Na imagem, o FC Porto e o título “Dragão à sombra de Oliveira”. De destacar a chamada para as máscaras, que esgotaram nas farmácias e para a notícia de que os portuenses perdem 39 minutos por dia nas filas de trânsito.
O Diário de Notícias dá espaço à política internacional, colocando em meia página da capa o presidente norte-americano e o primeiro-ministro israelita, Trump e Netanyahu. “‘O acordo do século’: o último falhanço de paz entre Israel e a Palestina?” A manchete remete para a Assembleia: “PAN também propõe devolver o património cultural das ex-colónias”, isto depois de o Livre apresentar a proposta de restituir os bens que foram trazidos e que estão em museus portugueses. Iniciativa Liberal e Chega são contra. Os restantes partidos não se pronunciam.
As famílias sobre-endividadas estão na capa em pequena chamada, assim como o caso de Milu, que trata de 800 cães que só querem um lar.
No Negócios, a mais gorda é a de que o Parlamento quer controlar injecções no Novo Banco. Maioria negativa composta por PSD, BE, PCP e PAN pode forçar alteração ao Orçamento de Estado para que novos reforços tenham de passar pela Assembleia da República. Em grande questiona “A subida electrizante da Tesla em bolsa vai continuar?”. Segundo o Negócios, em três meses as acções valorizaram 119%. Leia ainda sobre o reforço do apoio aos desempregados de longa duração. E sobre o Governo que deixa cair o referencial comum para aumentos salariais. Segundo Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, o mesmo valor não faz sentido para todos os sectores.