Novo sultão de Omã promete continuar política externa de “não ingerência”
O novo sultão de Omã, Haitham ben Tarek, comprometeu-se hoje a continuar a política externa de “não-ingerência” do sultão Qabus bin Said, que morreu com 79 anos depois de meio século de reinado.
“Vamos continuar a via traçada pelo sultão defunto”, declarou Haitham ben Tarek, no primeiro discurso como sultão.
Tarek comprometeu-se a continuar uma “política externa baseada na coexistência pacífica entre as nações (...) e na não ingerência em assuntos internos dos outros, no respeito da soberania das nações e da cooperação internacional”.
O novo sultão precisou que Omã continuaria “como no reinado do sultão Qabus a favorecer soluções pacíficas” para as crises regionais e mundiais.
No cenário internacional, o sultanado, neutro, desempenha regularmente bons ofícios para os aliados ocidentais, especialmente nas relações tensas com o vizinho Irão.
No reinado do sultão Qabus, Omã consolidou o papel de país moderado e neutro no Golfo, atingido por tensões políticas, nomeadamente devido à inimizade entre os Estados Unidos, aliados dos Estados árabes do Golfo, e o Irão.
Tarek, de 65 anos, até agora ministro do Património e da Cultura de Omã e primo do sultão Qabus bin Said, que morreu na sexta-feira à noite, prestou hoje juramento como novo sultão do país.
Um comentador da televisão pública de Omã precisou que a família real tinha decidido abrir uma carta na qual o sultão Qabus bin Said, que não tinha filhos ou irmãos, designou o seu sucessor.
Segundo a constituição de Omã, a família real também podia, nos três dias que se seguiram à morte do sultão, escolher um sucessor.
O sultão de Omã Qabus bin Said morreu na sexta-feira à noite com 79 anos depois de meio século de reinado.