Dividir para reinar

As últimas três décadas foram profusamente propícias à criação e fomentação da delinquência juvenil.

Desenhos animados, filmes e novelas incitam à violência, à degradação moral e à deterioração do carácter, os quais, aliados às tecnologias que cresceram duma forma alucinante, sem controlo educativo e formador, em ataque frontal a tudo o que é instituição, hierarquia e ordem, quer pública quer familiar, transformaram o mundo num lugar de instabilidade sem limites.

Ataca-se a justiça, a saúde, a educação e a Igreja em forma de enxovalho total, com difamações, que na maior parte das vezes são meras invenções, com intenções medíocres de espalhar o mal e a suspeita na credibilidade de todos os que ainda têm valores, pautando a sua vida e o seu trabalho no empenho pelo bem comum.

As escolas, são um reflexo desta caótica situação social, ao contrário do que seria de esperar quando “algum pimpolho” pela sua ausência de estudo e de trabalho honesto, não obtém o sucesso esperado pelos seus progenitores, ou quando algum, em actos mais desviantes, aplica a sua prática violenta sobre os colegas, o docente ou outro funcionário da escola, logo vêm à praça pública defendê-lo e apelar à aplicação de métodos mais brandos, mais tolerantes e menos estigmatizantes ou traumatizantes, numa total compreensão para o marginal, o mal-educado e sem referências, que não se integra, espalha o terror e a inquietação, num ambiente que se exigiria sereno, harmonioso e coerente, embora com eventuais tensões, sempre existentes em conflitos de gerações e em clima de aprendizagem.

Destruir o bem é estar na “crista da onda”, é ser avançado, moderno e arejado, desde os media ao mais remoto cidadão é fácil inventar, difamar e denegrir a integridade da pessoa, das instituições e das famílias e do conceito de Família.

E agora, que fazer da tolerância, da permissividade laxista nos costumes, da compreensão e aceitação das rebeldias?

Aceitamos, compreendemos e protegemos a marginalidade, queremos liberdade para os jovens, aos quais damos plenos poderes para fazerem tudo, defendemos o aborto, a eutanásia e a legalização do consumo de drogas e, pasme-se, a mudança de sexo.

Convém parar e pensar para discernir e evitar o colapso civilizacional, pois bem sabemos que quando se semeiam ventos, colhem-se tempestades.

Tudo isto está avaliado, estudado, confirmado. Não é sequer necessário ir a fontes científicas, pedagógicas, médicas ou sociológicas credíveis. Qualquer pessoa letrada ou iletrada o pode constactar em reflexão pessoal honesta e sem subterfúgios, por acontecimentos em familiares e amigos próximos, sobre esta realidade e suas consequências catastróficas, nestes últimos anos.

Pensarmos e optarmos com confiança, é um privilégio do ser humano, assumir as consequências é uma obrigação.