USAM contesta programa ‘Pró-Família’
A União dos Sindicatos da Madeira realizou uma conferência de imprensa, em frente á Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, para criticar a portaria que foi emitida, na última semana, pelo governo regional e que vem criar o programa ‘Pró-Família’. Uma medida que, afirma Adolfo Freitas, “de família não tem nada” e constitui “oportunismo político do governo e da parte dos empresários que, uma vez mais, vão deitar a mão a este programa”.
A USAM acusa o governo de apenas pretender reduzir os valores da taxa de desemprego sem criar postos de trabalho e até prejudicar os trabalhadores contratados.
“O que dá é oportunidade às empresas de poderem recorrer a este programa para substituir as situações de trabalhadores com baixa superior a três meses e noutras situações de licença parental e de maternidade”, afirma.
As empresas podem receber trabalhadores dos 18 aos 29 anos e com mais de 45 anos. É uma medida que Adolfo Freitas considera discriminatória, porque os trabalhadores entre os 30 e os 44 anos estão fora.
As empresas têm direito a um subsídio que poderá ir até aos 430 euros.
“A haver qualquer subsídio deveria ser para os trabalhadores que estão em situação de baixa, muitas vezes por doenças contraídas no trabalho. O que vemos é o governo a financiar e a criar vícios às empresas”, lamenta.
O coordenador da USAM também lamenta que os sindicatos não tenham sido ouvidos.
“O governo faz da paz social uma bandeira, regozija-se por dizer que foi o criador do Conselho Económico e da Concertação Social e da Comissão Permanente da Concertação Social e esta situação deveria ser analisada nesta comissão”, justifica.