Madeira

Albuquerque diz que percebe “pouco de turismo” e recorre à mitologia grega para satirizar Cafôfo

Declarações do presidente do Governo Regional proferidas à margem da inauguração do Pestana Churchill Bay

Foto ASPRESS
Foto ASPRESS

“Gostaria de começar por reafirmar, perante todos vós, que eu percebo pouco de turismo”. Assim começou a sua intervenção, esta tarde, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, na inauguração do Pestana Churchill Bay, em Câmara de Lobos.

O líder do executivo madeirense afirmou que “ainda hoje” não consegue “perceber o que é que um turista que vem descansar”, à Madeira, “vem fazer às 8h30 a Câmara de Lobos”, isto para elucidar tudo e todos sobre os primórdios do lançamento da ideia onde hoje nasce a nova unidade hoteleira do Grupo Pestana.

“Era algo que eu não conhecia quando vim aqui tomar um café, com o Dionísio Pestana e o presidente da Câmara. Foi no início de Maio de 2015, depois de ter tomado posse. A nossa ideia era tentar seduzir - palavra perigosa -, o Dionísio Pestana para investir no concelho de Câmara de Lobos. O que não foi muito difícil porque este concelho é muito bonito e tem um grande potencial, pois conjuga a sua vivência pitoresca com o turismo, e tem de facto uma coisa que é óptima: tem um excelente presidente, excelente vereadores e uma equipa que trabalha e concretiza obra em prol da população, ao contrário de outras câmaras que passam a vida na conversa fiada e não concretizam nada. Temos um presidente de Câmara que é eleito e que faz obra, cria emprego, traz desenvolvimento para o concelho, que está empenhado na concretização de objectivos. E há outros que prometem uma coisa e fazem outra, prometem o céu e a terra e nada fazem”, atirou Miguel Albuquerque, recorrendo depois à mitologia grega para visar Paulo Cafôfo.

“E alguns deles até saem da Câmara para tentar voar como Ícaro para objectivos mais altos [conhecido pela sua tentativa de deixar Creta voando, que acabou por sair frustrada numa queda que culminou na sua morte nas águas do mar Egeu, mais propriamente na parte conhecida como mar Icário]. Espero que o sol não lhe derreta as asas de cera”, vaticinou o presidente do Governo Regional.

Cheio de agradecimentos

“As palavras curtas são melhores, e as palavras antigas, quando curtas, são as melhores de todas”. A frase pertence a Winston Churchill e Miguel Albuquerque recorreu a essa citação para agradecer a tudo e todos que contribuíram para a edificação da unidade hoteleira na baía de Câmara de Lobos.

“Isto significa duas coisas. Primeiro, obrigado ao nosso grande empresário Dionísio Pestana por investir em mais um hotel, na Região, em particular no concelho de Câmara de Lobos, que está magnífico. Obrigado a toda a equipa do Dionísio que concretizou esta magnífica obra. Obrigado ao presidente da Câmara que despachou isto com muita ligeireza, apesar de me xingar a cabeça durante dois ou três dias, mas correu bem. Obrigado à secretária, porque teve aqui, muitas nuances, uma palavra magnífica e moderna, para ultrapassar. Obrigado ao Martim Velosa pela escultura. E parabéns à Tecnovia pela obra bem conseguida”, agradeceu.

Miguel Albuquerque virou-se então para “este caminho” que “tem de continuar”, isto é, o trilho “do investimento, concretização de obra, de confiança no futuro”. E recorreu a Churchill para exemplificar.

“A evolução da história tem muita a ver com a capacidade de intervenção dos homens. Um dos exemplos que os homens podem influenciar a história é Winston Churchill. Era um visionário e um homem que tinha uma intuição única em termos de intervenção pública e política. E, de facto, ele foi o grande salvador da civilização ocidental”, elogiou o líder do Governo Regional, assegurando que a Madeira vai “continuar o percurso de crescimento económico”.