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Parlamento aprova voto de pesar pelo ataque na Nova Zelândia

FOTO Reuters
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O parlamento português aprovou hoje, por unanimidade, um voto apresentado pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, de pesar e condenação pelo atentado em duas mesquitas de Christchurch, Nova Zelândia, que causou pelo menos 49 mortos.

Eduardo Ferro Rodrigues já tinha enviado uma mensagem de “pesar e solidariedade” ao seu homólogo neozelandês, Trevor Mallard, pelos “ataques terroristas odiosos”, ato que classificou de “repugnante e horrível”.

“Aqueles actos tão bárbaros foram premeditados para terem lugar a uma sexta-feira, quando as comunidades islâmicas enchem as mesquitas para rezarem em paz a sua oração semanal”, destaca, no texto hoje aprovado.

Na mensagem ao seu homólogo e no texto do voto, o presidente da Assembleia da República defende ainda que “a repulsa” causada por estes ataques “é também uma convocação à reflexão sobre as causas do terrorismo”, “à necessidade de o combater” e de defender os valores de liberdade, paz e democracia.

Pelo menos 49 pessoas morreram hoje no ataque a duas mesquitas em Chirstchurch, na Nova Zelândia, segundo o comissário Mike Bush da polícia neozelandesa.

Os ataques tiveram início às 13h40 (00h40 em Lisboa) nas mesquitas de Al Noor, em Hagley Park, e de Linwood Masjid.

Em conferência de imprensa, o comissário Mike Bush informou que “um homem foi acusado de homicídio” e vai ser presente a tribunal pelos ataques contra as mesquitas, situadas no centro da cidade de Christchurch.

Segundo este responsável, as autoridades desactivaram uma série de engenhos explosivos improvisados encontrados num veículo após os disparos numa das mesquitas.

Christchurch é a maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país com cerca de 376.700 habitantes, localizada na costa leste da ilha e a norte da península de Banks. É a capital da região de Canterbury.

Um homem que se identificou como Brenton Tarrant, de 28 anos, nascido na Austrália, reivindicou a responsabilidade pelos disparos e transmitiu em directo na Internet o momento do ataque.

Brenton Tarrant deixou um manifesto anti-imigrantes de 74 páginas, no qual procurou justificar as acções.