Madeira

Habitação foi o tema escolhido pela oposição para criticar a gestão camarária

Primeiro ponto antes da ordem do dia aqueceu

Rui Silva/Aspress
Rui Silva/Aspress

A primeira intervenção na Assembleia Municipal do Funchal foi dada a palavra a um cidadão, morador no Caminho do Salão, em Santo António, a pedir reconfiguração do sentido do trânsito para apenas uma faixa de rodagem. Este foi apenas um ponto prévio que nem chegou a aquecer.

Logo de seguida, Gonçalo Pimenta, eleito pelo CDS, questionou promessas feitas no mandato e ainda por cumprir, tais como o subsídio municipal de arrendamento, que beneficiou poucas pessoas e não resolveu muitos problemas. Inclusive abordou os 10M€ de euros previstos para obras em habitação social, dos quais só metade foi usada até à data, deixando cerca de 3.500 pessoas a aguardar por uma habitação mais digna.

Gonçalo Pimenta também questionou a promessa de criação de um hotel social que incluiria 10 a 20 fogos para dar resposta temporária em situações de emergência habitacional.

Por esta altura, estava o ambiente quente, escaldante melhor dizendo. Com acusações de parte a parte, muito bate boca, assunto que mereceu pronta crítica da deputada municipal do PCP, Herlanda Amado. Esta ainda pediu esclarecimentos ao presidente da Câmara sobre intervenções no Mercado Municipal e a notícia de mais um Hotel na Zona Velha.

Miguel Silva Gouveia tomou a palavra antes da vereadora Madalena Nunes, ambos criticando a falta de coerência das críticas, sendo que tanto o presidente como a responsável da pasta da Habitação reconheceram os problemas na habitação no Funchal, garantindo esta que a autarquia é das poucas com uma estratégia municipal de habitação.

Madalena Nunes salientou que na avaliação sobre habitação social, que inclui um plano para evitar ocupações de casas de firma ilegal, reforçando que chegaram a encontrar inquilinos com 15 anos de rendas em atraso.

O presidente da Assembleia Municipal, Mário Rodrigues (PSD) foi obrigado a fazer várias chamadas de atenção, não se coibindo de o fazer aos deputados municipais do seu próprio partido, sobretudo para impedir que houvesse ruído durante as intervenções.