Desporto

António Folha critica realização no sábado do jogo com o Marítimo

Marítimo e Portimonense defrontam-se, este sábado, às 20h30, nos Barreiros, em jogo da 16.ª jornada da I Liga de futebol. FOTO LUSA
Marítimo e Portimonense defrontam-se, este sábado, às 20h30, nos Barreiros, em jogo da 16.ª jornada da I Liga de futebol. FOTO LUSA

O treinador António Folha criticou hoje a realização no sábado do jogo entre Marítimo e Portimonense, da 16.ª jornada da I Liga de futebol, lamentando que as equipas façam dois jogos em menos de 72 horas.

“As duas equipas vão fazer dois jogos num curto espaço de tempo, com viagens longas pelo meio, uma situação que não interessa aos clubes e para os jogadores não é benéfico. Isto interessa a quem?”, questionou o técnico dos algarvios.

António Folha falava na conferência de imprensa de antevisão do encontro que opõe o Portimonense, sétimo classificado, com 23 pontos, ao Marítimo, 16.º, com 11, no jogo de abertura da 16.ª jornada, marcado para sábado, às 20h30, no Estádio do Marítimo, no Funchal (Madeira).

O treinador da equipa algarvia considerou que a realização de dois jogos em menos de 72 horas -- Portimonense e Marítimo jogaram na quarta-feira -- não permite recuperar fisicamente os jogadores, “o que, certamente, condiciona o espectáculo”.

“É natural que tanto o Portimonense como o Marítimo se apresentem fisicamente desgastados, porque, além do jogo, as duas equipas enfrentam duas viagens longas. Nós vamos de Faro para Lisboa e depois para a Madeira, tal como o Marítimo teve uma deslocação longa a Braga”, sublinhou.

Folha indicou que a equipa “está em alta em termos motivacionais, sem poder garantir que vai jogar em alta por razões físicas”, tendo em conta o pouco tempo para recuperar os jogadores.

“É bom que as pessoas pensem que os profissionais de futebol são quem sustenta o futebol e têm de ser respeitados e não andar ao interesse não sei do quê. Depois querem bons espectáculos e que os jogadores joguem bem, torna-se difícil”, destacou.

“Isto tem de mudar. Se toda a gente joga no domingo e na segunda-feira, será que não havia espaço para mais um jogo, mesmo que fosse no domingo de manhã?”, voltou a questionar o técnico.

Ainda assim, António Folha assegurou que o Portimonense vai tentar ser uma equipa competitiva “na luta pelos três pontos, perante um adversário forte e de grande qualidade, mas que não tem conseguido bons resultados”.

“Antevejo um jogo complicado, em que o Marítimo, no seu estádio, quer dar um grito de revolta e que tentará, num jogo bastante importante para si, ser uma equipa agressiva, no bom sentido, e a fazer tudo para ganhar”, indicou.

António Folha acrescentou que, além das condicionantes físicas resultantes do jogo de quarta-feira passada em que venceu o Benfica (2-0), o Portimonense debate-se com as ausências do japonês Nakajima (ao serviço da selecção do Japão), do colombiano Jackson Martinez e do brasileiro Bruno Tabata.

“São ausências de peso que temos de gerir. O Jackson vem de um processo longo de recuperação e há que ter muitas cautelas para que possamos contar sempre com ele ao longo do campeonato”, frisou.

Folha disse ainda que a equipa está bastante motivada depois da vitória na recepção ao Benfica, “mas cujo resultado não significou mais nada a não ser os três pontos”.

“É muito confortável para aquilo que queremos, que é somar o máximo de pontos o mais rapidamente possível”, concluiu.