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Lopez Obrador deverá vencer eleições no México com mais de 50% da votação

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O candidato da esquerda do Movimento de Regeneração Nacional (Morena), Andrés Manuel López Obrador, deverá vencer as eleições da Presidência do México com mais de 50% dos votos, segundo os primeiros dados oficiais do Instituto Nacional Eleitoral (INE).

De acordo com uma mostra de 7.700 atas de votação elaborada por aquele organismo, López Obrador deverá garantir entre entre 53% e 53,8% dos votos, anunciou o presidente do INE, Lorenzo Córdova, ao final da noite de domingo.

O futuro Presidente do México disse já “que a principal promessa é não permitir a corrupção nem a impunidade”, à saída do seu gabinete.

Lopez Obrador aproveitou ainda a presença dos ‘media’ para agradecer aos seus adversários políticos que já reconheceram a sua eleição como Presidente do México, referindo-se a Ricardo Anaya, do Partido de Acção Nacional, José Antonio Meade, do Partido Revolucionário Institucional e o independente Jaime Rodríguez Calderón, “El Bronco”.

O veterano da esquerda Andrés Manuel Lopez Obrador prometeu desde o início da campanha combater a corrupção e a pobreza para travar a violência no país.

“Eu sou teimoso, é sabido”, admitiu. “É com esta convicção que vou agir como Presidente da República, teimosamente, com perseverança, com uma cegueira quase doida: vou acabar com a corrupção”, garantiu Lopez Obrador, no dia em que o seu partido, Movimento Nacional de Regeneração (Morena), o nomeou para candidato às presidenciais.

Lopez Obrador foi candidato às eleições presidenciais em 2006 e 2012. À terceira tentativa e com 64 anos, ‘AMLO’, como é vulgarmente tratado, conseguiu, enfim, vencer as eleições, tornando-se assim presidente da segunda maior economia da América Latina.

Nestas eleições foram chamadas às urnas cerca de 89 milhões de cidadãos para eleger o Presidente do país e outros 3.400 cargos públicos, entre eles governadores de oito estados e o chefe de Governo da capital do país.

Esta campanha eleitoral foi definida por vários especialistas como “a mais violenta” da história do país e, de acordo com o gabinete de estudos Etellekt, pelo menos 145 políticos ou activistas envolvidos foram assassinados no México, incluindo 48 candidatos ou pré-candidatos.