Madeira

Governo da Madeira espera lançar concurso internacional para novo hospital em Setembro

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O vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, disse hoje esperar que o Conselho de Governo da República aprove o cronograma de financiamento do novo hospital da Madeira para que o concurso público internacional seja lançado em setembro.

“Esperamos que o Conselho de Governo aprove o cronograma financeiro para a construção do novo hospital da Madeira e que a Comissão de Acompanhamento para as Políticas Financeiras aprove aquela construção como projeto de interesse comum para que, em setembro, se lance o concurso público internacional”, disse Pedro Calado, na Assembleia Legislativa, no debate potestativo requerido pelo Grupo Parlamentar do PCP, subordinado ao tema “Diagnóstico da Saúde na Região Autónoma da Madeira”.

Na visita que segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa, efetuou à Madeira ficou estabelecido que o Governo da República vai financiar em 50% a construção e equipamento do novo hospital e que espera a decisão da Comissão de Acompanhamento para as Políticas Financeiras.

Pedro Calado referiu ainda que, se o Governo da República reduzir a taxa de juro que o Estado fixou no empréstimo que deu à região em 2012, no âmbito do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro para os valores que paga nos empréstimos que contrai no estrangeiro, a Madeira pouparia, até 2040, 140 milhões de euros “que dava para pagar o novo hospital”.

O vice-presidente realçou também, ao enfatizar os investimentos na Saúde, que o Sistema de Saúde da Região admitiu 64 enfermeiros, 55 assistentes operacionais, 151 médicos e, até setembro, será resolvida a situação de 173 precários.

O secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, reconheceu que o “Serviço Regional da Saúde não é perfeito”, mas “é melhor que o Serviço Nacional de Saúde” porque “não há geringonça na Madeira”.

Segundo o deputado do PCP, Ricardo Lume,“o capital de queixas do Serviço Regional de Saúde é vasto e o descontentamento é generalizado”, apontando “falhas”, “lacunas” e “insuficiências”, nomeadamente “rutura de stocks e falta de medicamentos”; “enorme lista de espera, quer para consultas ou exames, quer para cirurgias”; “falta de profissionais técnicos de saúde, médicos, enfermeiros, psicólogos e de assistentes operacionais” e “instabilidade política” no setor.

Mário Pereira, deputado do CDS/PP, disse, por seu lado, que o contributo do Governo Regional de Miguel Albuquerque em comparação à governação de Alberto João Jardim, foi aumentar “a lista de espera em cirurgias em mais 2.200 cirurgias”.

Os partidos da oposição secundaram as críticas do PCP e criticaram “o panorama cor-de-rosa da Saúde” do Governo Regional.