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Arte açoriana inaugurada no MUDAS

Exposição da artista Catarina Branco estará em

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A exposição de Catarina Branco no MUDAS. Museu de Arte Contemporânea foi inaugurada este sábado, 15 de Dezembro, com a presença da secretária regional do Turismo e Cultura, Paula Cabaço.

É “mais uma iniciativa que se cumpre ao abrigo do Protocolo Bilateral de Cooperação entre a Madeira e os Açores, na área da cultura, o qual se tem revelado bastante positivo, ao reforçar a ligação entre estas duas Regiões Autónomas e ao potenciar, conjuntamente, o conhecimento, o intercâmbio e a maior valorização dos artistas e agentes culturais”, fez questão de destacar, na ocasião, a secretária regional.

“Quer através da realização de Exposições como esta que hoje se inaugura, quer mediante a materialização de outras iniciativas, nomeadamente ao nível do intercâmbio de publicações – com a Região a disponibilizar um conjunto de documentos à rede de Museus e à rede escolar dos Açores, ligadas à nossa história – ou do intercâmbio entre os artistas dos dois arquipélagos – que também já se verificou com a ida, este ano, da Banda Municipal do Funchal ‘Os Artistas’ aos Açores, depois da Madeira ter acolhido, no ano passado, uma Banda Filarmónica oriunda de Ponta Delgada, numa comitiva de quase 80 pessoas – este protocolo tem resultado e continuará a ser executado no futuro”, garantiu Paula Cabaço.

A governante lembrou ainda que, em 2019, o madeirense Hélder Folgado levará aos Açores a sua Exposição ‘Melancolia’, mostra que já se esteve no MUDAS, “espaço que funcionou não apenas como palco para a sua interacção com o público, mas, também, como local de residência artística”.

Acresce referir que esta exposição estará patente ao público até ao dia 15 de Junho de 2019.

A autora

Catarina Branco nasceu em Ponta Delgada, em 1974. Licenciou-se em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, tendo frequentado várias formações nas áreas da Cenografia, da Gravura, do Desenho e da Pintura, sob orientação dos artistas Roswitha Gerlitz, Bartolomeu dos Santos, João Queiroz e Pedro Calapez.

Entre os vários locais onde expôs, que constituíram marcos no seu percurso individual, estão: o Centro de Arte Manuel de Brito, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Museu Nacional Soares dos Reis, a Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio, a Carpe Diem Arte e Pesquisa, a Galeria Belo-Galsterer, a Galeria Fonseca Macedo, a Universidade de Berkeley (EUA), o Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo (Rio Grande do Sul - Brasil), ou o Museu Aloísio Magalhães (Recife-Brasil).

A sua obra está representada em várias colecções privadas e institucionais, entre as quais a Colecção Manuel de Brito ou a colecção ARQUIPÉLAGO.

Viveu parte da sua infância e adolescência nos Fenais da Luz (Ponta Delgada), freguesia rural da ilha de São Miguel, tendo essas vivências quotidianas, e tudo o que bebeu do imaginário popular do seu entorno, influenciado a sua obra. Elegendo o papel recortado à mão como seu media de eleição, Catarina Branco desenha com tesoura, cola e papel colorido, vertendo nos seus projectos as suas introspecções, cruzando o sentido colectivo (associado à sua identidade cultural local) com o sentido de Mundo global, por meio da miscigenação de referências oriundas de culturas extraeuropeias.