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Actividade económica na Venezuela registou uma contracção de 53% em seis anos

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A Venezuela vai terminar 2018 o com uma queda de 29,8% no Índice de Atividade Económica, elevando para 53% a contração registada nos últimos seis anos, desde que o Presidente, Nicolás Maduro, chegou ao poder, segundo dados divulgados hoje em Caracas.

Os dados foram divulgados pelo deputado Ángel Alvarado, da Comissão de Finanças da Assembleia Nacional (na qual a oposição detém a maioria), durante uma conferência de imprensa em que apontou como causas da contração a queda da produção de petróleo, a hiperinflação e a emigração.

Segundo aquela comissão, a queda da produção de petróleo rondará os 40% no último trimestre deste ano, a principal causa da queda da economia, seguindo-se a hiperinflação que, segundo o Fundo Monetário Internacional, será de 1.370.000% até final de 2018.

Ángel Alvarado explicou que a hiperinflação é “um fenómeno que contrai a economia, porque os trabalhadores não têm incentivos para trabalhar, devido aos salários tão baixos, e, por outro lado, as empresas têm menos incentivos para repor os inventários e produzir”.

Como terceira causa da contração o deputado apontou a saída de venezuelanos para outros países, o que, no seu entender, tem produzido uma queda do Produto Interno Bruto.

Ao referir-se aos 53% de contração registada desde que o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro assumiu o poder, em março de 2013, o parlamentar adiantou que esta “é a pior e mais longa depressão que se tem vivido no continente americano”.