Padre Giselo vs Padre Américo Aguiar
Não conheço pessoalmente o padre Giselo Andrade, nem o Padre Américo Aguiar. Sei que o primeiro é pároco do Monte e o segundo, vigário Geral do Porto. E porque é chamado o padre do Porto para aqui? Ambos são padres e eceitaram as condições da Igreja para o serem. Isto é, ambos juraram, entre outros, votos de castidade e pobreza. Que aconteceu depois? Ambos falharam o juramento. O Padre Giselo ao assumir a paternidade da filha violou claramente o voto de castidade, pois no ano de 2017 não é possivel conceber filhos por obra e graça do Espirito Santo. Digamos, que, num momento de tentação, não conseguiu resistir ao “pecado” da carne. Ter-se-á arrependido? Não sei. Merece ser perdoado? A Igreja diz que apenas Deus o poderá fazer. Deveria renegar a filha mudando o grau de parentesco da mesma para sobrinha? Mas isso seria contra a lei divina, com violação clara dos mandamentos da Igreja. Assunto que o padre Giselo terá de resolver, e que eu respeitarei e apoiarei qualquer decisão que o próprio venha a tomar.
Claro que poderia entrar nos graves problemas em que a Igreja está envolvida, relativamente ás perversas relações humanas, tais como a pedofilia, para denunciar hipocrisias condenatórias ao nivel da Inquisição Espanhola, sendo a mais aberrante, a queda da árvore na Festa do Monte, como um castigo de Deus pelo “pecado” do padre. O Homem apenas cometeu uma falha. Quebrou um voto que fez. O Homem reparou essa falha com dignidade e coragem. Se Deus não perdoar este Homem, que se calem os sinos e se fechem os templos. Que tem a ver o vigário geral do Porto com este “pecado”?
O Padre Américo Aguiar também jurou o voto de pobreza. E como tal, está “obrigado” a cumpri-lo. Não há hierarquia de votos. Castidade e pobreza.
Entre 2010 e 2013, o vigário-geral da Diocese do Porto, o padre Américo Aguiar, foi remunerado pela Santa Casa da Misericórdia com salários mensais que oscilaram entre quatro mil e cinco mil euros. A este valor, acresceram 300 a 400 euros pelas funções na diocese.
Não vi ninguém se insurgir contra este pecado da “luxúria”. Haja coerência. Aqui sim, um escândalo.
Á pergunta, colocada por um paroquiano ao padre, Daniel, cura de uma paróquia do norte da Ilha, “é pecado mentir”? “Respondeu.” Uma mentirinha para arranjo da vida , desde que não prejudique ninguém não é pecado”.
O padre do Monte não prejudicou ninguém... Já os 5 mil euros em vez de irem para o bolso do padre Américo poderiam servir para a Santa Casa cumprir a sua missão para a qual foi criada.Alguém foi prejudicado. Não foi o padre Américo de certeza.
São os tais dois pesos e duas medidas. “Quem não tiver pecados que atire a primeira pedra”. Foi esta a resposta de Jesus perante uma mulher adúltera.