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Guterres diz que acabar com a violência contra os rohingyas “é uma prioridade”

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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou hoje que é “uma absoluta prioridade” acabar com a violência contra os rohingyas em Myanmar (antiga Birmânia), permitindo que a minoria muçulmana regresse às suas casas.

António Guterres afirmou que as Nações Unidas exigem também um “acesso humanitário sem obstáculos” a todas as áreas do estado de Rakhine, onde mais de 600 mil rohingyas viviam antes de fugir para o Bangladesh.

O secretário-geral vai participar numa iniciativa conjunta entre Nações Unidas e a Associação das Nações do Sudeste Asiático, onde vai abordar a questão dos rohingyas.

O líder de Myanmar, Aung San Suu Kyi, galardoado com o Prémio Nobel da Paz, que tem enfrentado a crescente condenação internacional para violência contra os rohingyas, deverá participar no encontro que vai decorrer nas Filipinas entre 10 e 14 de novembro.

A maioria budista de Myanmar não reconhece os rohingyas como um grupo étnico, defendendo que são migrantes bengalis que vivem ilegalmente no país, negando-lhes a cidadania.

“Insistimos na necessidade de garantir não só que toda a violência contra essa população pare, mas também insistimos na necessidade de reafirmar o direito de regresso”, afirmou Guterres, salientando que o governo de Myanmar deve dar a cidadania à minoria muçulmana.