No segundo dia consecutivo de operação ao largo de Lampedusa, o navio patrulha oceânico da Marinha Portuguesa “Viana do Castelo” salvou 63 migrantes tunisinos, incluindo duas crianças e uma mulher. O navio da Marinha encontra-se em missão de apoio à vigilância de fronteiras externas marítimas no Mediterrâneo central, ao serviço da Agência Europeia FRONTEX, contribuindo primariamente para evitar que mais vidas se percam em naufrágios com migrantes provenientes da costa norte de Africa.

​Os migrantes foram recolhidos de três embarcações precárias em madeira e sobrelotadas que se encontravam à deriva no mar Mediterrâneo enquanto tentavam efetuar a travessia entre a Tunísia e Itália, durante o dia de ontem, 15 de outubro.

O navio da Marinha detetou ao longo do dia as três embarcações, em três áreas diferentes ao largo de Lampedusa, todas à deriva e a solicitar ajuda. Os migrantes foram recolhidos em segurança para bordo do navio português, onde foram alimentados e avaliados clinicamente pela equipa médica da Marinha. Durante esta ação foram assistidas 10 pessoas, entre as quais uma mulher e duas crianças, com sintomas de hipotermia ligeira. Foram posteriormente identificados pelos inspetores do SEF e pelas autoridades italianas embarcadas a bordo do navio.

A primeira embarcação foi detetada durante a manhã com 14 migrantes a bordo, a segunda embarcação a meio da tarde com 12 migrantes, e a terceira embarcação encontrada já de noite com 37 migrantes a bordo, incluindo uma mulher e duas crianças.

No dia anterior o mesmo navio patrulha oceânico da Marinha havia detetado e intercetado uma embarcação de madeira sobrelotada com 18 migrantes tunisinos, a navegar em direção à costa de Lampedusa, os quais foram posteriormente recolhidos pela Guarda Costeira italiana.

Integram também a missão a bordo do navio da Marinha portuguesa dois inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), um elemento da Guarda Costeira italiana e um elemento da Guardia di Finanza.