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Portugal colocou 1.750ME em dívida a 6 e a 12 meses a juros ainda mais negativos

A dívida portuguesa de longo prazo estreitou e o curto prazo está a ter o mesmo comportamento.
A dívida portuguesa de longo prazo estreitou e o curto prazo está a ter o mesmo comportamento.

Portugal colocou hoje 1.750 milhões de euros, montante máximo anunciado, em Bilhetes do Tesouro a seis e a 12 meses, de novo, a taxas de juro médias ainda mais negativas do que as dos anteriores leilões comparáveis, foi anunciado.

Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na agência Bloomberg, a 12 meses foram colocados 1.250 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT) à taxa de juro média de -0,345%, de novo negativa e inferior à registada em 19 de julho de 2017, quando foram colocados 1.250 milhões de euros a uma taxa de juro média de -0,259%.

A seis meses foram colocados 500 milhões de euros em BT à taxa média de -0,363%, mais negativa do que a verificada também em 19 de julho, quando foram colocados 500 milhões de euros a -0,292%.

A procura atingiu 2.630 milhões de euros para os BT a 12 meses, 2,10 vezes superior ao montante colocado, e 1.415 milhões de euros para os BT a seis meses, 2,83 vezes o montante colocado.

O IGCP tinha anunciado para hoje dois leilões de BT a seis e a 12 meses entre 1.500 milhões de euros e o montante máximo de 1.750 milhões de euros com maturidades em 16 de março de 2018 (seis meses) e 21 de setembro de 2018 (um ano).

Segundo o director da gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva, “nesta operação, o país conseguiu as taxas mais baixas de sempre para estes prazos e ambas foram, mais uma vez, negativas” e “era o que se esperava: depois da subida de ‘rating’ (que coincidiu com alteração para o grau de “investment grade”) por parte da Standard & Poors e a perspectiva de estável por parte da Moody’s”.

“A dívida portuguesa de longo prazo estreitou e o curto prazo está a ter o mesmo comportamento. Não é de estranhar, por isso, que tenha sido emitido o montante máximo previsto”, adiantou Filipe Silva.