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António Costa expressa condolências pela morte de cidadã portuguesa

 a análise do risco de terrorismo em território nacional não sofreu alteração.
a análise do risco de terrorismo em território nacional não sofreu alteração.

O primeiro-ministro, António Costa, expressou hoje condolências pela morte de uma cidadã portuguesa no atentado de Barcelona e revelou que a análise do risco de terrorismo em território nacional não sofreu alteração.

“Queria prestar aqui as nossas condolências e que estão a ser envidados pelas autoridades espanholas todos os esforços para procurar localizar a familiar que a acompanhava e que não está neste momento ainda localizada”, declarou António Costa, sublinhando que este falecimento “só reforça a dor” partilhada com o povo espanhol por um atentado, “que confirma que o terrorismo é uma ameaça global”.

António Costa afirmou que desde o atentado de quinta-feira em Barcelona que a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna “activou a Unidade de Coordenação Antiterrorismo, que tem mantido uma análise permanente quanto ao risco em território nacional e até ao momento não se verificou qualquer alteração do nível de risco”.

“Temos estado em contacto com as autoridades espanholas, desde logo o senhor Presidente da República com sua majestade o rei de Espanha, eu próprio com o presidente do Governo espanhol, expressando as nossas condolências e condenação deste atentado e temos estado a acompanhar as informações que têm ocorrido”, afirmou.

O chefe do executivo disse que o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas já contactou a família da vítima, estando os serviços consulares portugueses em Barcelona estão “a dar todo o apoio” e “as autoridades espanholas também”.

“Não temos até ao momento qualquer comunicação de qualquer outro português ou portuguesa que tenha sido vítima dos atentados, mas neste momento não há identificação plena ainda das vítimas, portanto, não podemos excluir que possa haver outros portugueses”, declarou.

Uma mulher de nacionalidade portuguesa, de 74 anos e residente em Lisboa, é uma das 14 vítimas mortais do ataque registado em Barcelona, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.

Desconhece-se em que contexto a mulher estava na capital da Catalunha, mas sabe-se que uma outra mulher, de 20 anos, a acompanhava, ignorando-se o seu paradeiro, adiantou o governante.

O secretário de Estado já informou a família da vítima mortal portuguesa, a quem transmitiu “disponibilidade para apoiar em tudo o que for necessário”, nomeadamente na identificação e nos procedimentos para a trasladação do corpo.

Segundo as informações recolhidas pelo Governo junto dos hospitais que receberam vítimas do ataque, entre os feridos não há portugueses, realçou, adiantando que há cerca de 35 mil portugueses inscritos nos serviços consulares na região da Catalunha.

O ataque levado a cabo por um homem, ainda procurado pelas autoridades, que, ao volante de uma furgoneta, atropelou mortalmente 14 pessoas e feriu perto de uma centena, na avenida mais movimentada de Barcelona, Las Ramblas, ocorreu pelas 17:00 locais (16:00 em Lisboa) de quinta-feira e foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico.

A polícia catalã já deteve três suspeitos de envolvimento no ataque. Na operação policial montada a seguir ao atentado, foram mortos pelo menos quatro supostos terroristas em Cambrils, a 117 quilómetros de Barcelona, que estariam a preparar um outro atentado nessa localidade balnear.