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Uma em cada cinco pessoas em Hong Kong considerada pobre

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O número de pobres em Hong Kong continua a subir e chegou a um valor recorde no ano passado, com um em cada cinco habitantes a viver abaixo do limiar da pobreza, de acordo com dados oficiais hoje divulgados.

O limiar da pobreza é definido em metade da mediana do rendimento mensal por agregado familiar, de acordo com o tamanho do agregado.

Em 2016, este valor foi de 4.000 dólares de Hong Kong (434 euros) por uma pessoa, 9.000 dólares de Hong Kong (977 euros) por duas pessoas e 15 mil dólares de Hong Kong (1.628 euros) por um agregado de três pessoas, noticia o jornal South China Morning Post.

Um relatório da Oxfam sobre gastos com a alimentação indica que uma pessoa deve gastar no mínimo 1.696 dólares de Hong Kong (184 euros) em comida por mês de modo a satisfazer as suas necessidades nutricionais básicas.

O relatório de 2016 sobre a Situação da Pobreza em Hong Kong revela que 1,35 milhões dos 7,35 milhões de residentes da cidade podem ser considerados pobres, um número superior ao registado em 2015, quando eram 1,34 milhões.

Hong Kong só começou a medir a pobreza entre os seus residentes em 2009, e os números do ano passado são os mais elevados em termos de valores absolutos.

“O envelhecimento da população e a redução do tamanho das famílias têm impulsionado a taxa de pobreza”, disse o número dois do Governo de Hong Kong Matthew Cheung Kin-chung, durante a divulgação do relatório anual, hoje.

Cheung, que lidera a Comissão da Pobreza, indicou, porém, que os números do estudo podem estar sobrestimados, já que apenas os rendimentos, e não os bens, são avaliados.

Após serem tidos em conta os apoios do Governo, como a pensão para idosos ou segurança social, o número de pobres desce para 996 mil, o que representa menos 25 mil que em 2015.