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Robert Mugabe, do Zimbabué, diz-se admirador da política de Donald Trump

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O presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, que completa hoje 93 anos, disse que é um admirador da política “America first” (América primeiro) do seu homólogo norte-americano, Donald Trump, conferindo que referindo que soa como os seus próprios pensamentos.

Mugabe, um dos líderes que há mais tempo está no poder, falou hoje sobre Donald Trump durante uma entrevista a propósito da passagem do 93.º aniversário.

“Quando se trata de Donald Trump, por um lado falamos do nacionalismo norte-americano, América para a América, América para os americanos, sobre isso concordamos. Zimbabué para os zimbabueanos”, declarou Robert Mugabe.

O líder zimbabueano já defendeu anteriormente Trump, dizendo mesmo que não queria que a candidata democrata Hillary Clinton ganhasse as eleições do ano passado.

O Presidente do Zimbabué disse esperar que o Governo de Trump retire as sanções impostas ao Zimbabué há mais de uma década por alegados abusos de direitos humanos e por irregularidades eleitorais.

Todavia, Mugabe questionou o plano de Trump de construir um muro na fronteira com o México.

“Parece bastante desagradável. Eu não sei como os mexicanos irão pagá-lo. Eu pensei que os norte-americanos amassem o México. Não sei, dê-lhe tempo, pode melhorar as suas políticas”, referiu.

Uma grande festa está agendada para sábado em homenagem a Mugabe, que exerce o cargo de Presidente desde 1987, depois de entre 1980 e 1987 ter sido primeiro-ministro. O Zimbabué ascendeu à independência em 1980.

Mugabe anunciou que vai concorrer novamente ao cargo nas eleições do próximo ano.

Durante a entrevista, Mugabe elogiou a mulher, Grace Mugabe, referindo que está sempre pronta para sair em sua defesa, sendo experiente, uma personagem forte e muito aceite pelo povo.

A ascensão política da mulher do Presidente zimbabueano tem sido uma fonte de consternação para as figuras da oposição, bem como para membros do partido do Governo (ZANU-PF), que suspeita que a primeira-dama está a posicionar-se para ocupar uma posição mais importante no Governo.