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Presidentes polaco e israelita recordam vítimas do Holocausto em Auschwitz

Foto EPA
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Os presidentes da Polónia e de Israel, Andrzej Duda e Reuven Rivlin, participaram ontem com milhares de jovens numa cerimónia evocativa das vítimas do Holocausto no antigo campo de concentração nazi de Auschwitz.

Quando se assinala hoje em Israel o Dia da Lembrança do genocídio que matou cerca de seis milhões de judeus, Duda e Rivlin tentaram acalmar a tensão entre os dois países devido à polémica lei polaca sobre o Holocausto que entrou em vigor há um mês.

“Nunca foi intenção do nosso país aprovar uma lei que bloqueie o estudo e a busca da verdade histórica”, declarou Duda, insistindo que “jamais houve uma hostilidade sistemática contra os judeus por parte do povo polaco”.

Rivlin pediu à Polónia que “garanta o estudo completo do sucedido no Holocausto”, numa alusão à lei aprovada este ano, que prevê até três anos de prisão pela utilização da expressão “campos de concentração polacos”.

O Governo israelita e a diáspora judia criticaram Varsóvia, considerando que pretendia negar a participação de alguns polacos no genocídio dos judeus ou mesmo impedir que sobreviventes relatassem a sua experiência ou a morte de familiares.

A lei está a ser analisada pelo Tribunal Constitucional para verificar se o seu conteúdo viola a liberdade de expressão e de investigação.

A “Marcha dos Vivos” no campo nazi de Auschwitz-Birkenau, situado em território da Polónia então ocupado pela Alemanha, vai na sua 30.ª edição.

Entre 1940 e o início de 1945, a Alemanha nazi matou em Auschwitz-Birkenau cerca de 1,1 milhões de pessoas, entre as quais um milhão de judeus de diferentes países europeus, assim como 80.000 polacos não judeus, 25.000 ciganos e 20.000 soldados soviéticos.