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Governo venezuelano espera duplicar produção de petróleo no espaço de um ano

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O Presidente da Venezuela disse hoje que a produção petrolífera no país registou “uma dramática descida” devido a “máfias” na estatal Petróleos de Venezuela SA (PDVSA) e anunciou que espera duplicar a produção no espaço de um ano.

Nicolás Maduro adiantou que o seu governo vai avançar com um plano de recuperação que prevê duplicar a produção, no espaço de um ano, para cumprir várias metas, entre elas o envio de “um milhão de barris para a China”.

“Uma máfia muito corrupta à frente da PDVSA causou dano na capacidade de trabalho e destruiu a nossa principal indústria”, afirmou Nicolás Maduro.

O chefe de Estado falava aos jornalistas, no palácio presidencial de Miraflores em Caracas, após regressar de uma viagem à China, onde os dois países acordaram intensificar a cooperação bilateral em várias áreas.

“Com a nomeação do major general Manuel Quevedo, na presidência da PDVSA, da nova junta de direção, iniciámos um processo de recuperação. Eu calculei um ano, de 20 de agosto de 2018 a 20 de agosto de 2019, para que a produção petrolífera chegue ao dobro da que temos hoje”, frisou Nicolás Maduro.

Nesse sentido, sublinhou que a petrolífera venezuelana vai crescer e que “agora a PDVSA, sim, vai ser chavista”.

Por outro lado, Nicolás Maduro explicou que há duas semanas, no âmbito do programa de recuperação, foram assinados 14 acordos com empresas mistas (de capitais públicos e privados), para “aumentar 560 mil barris na produção”, um projeto que conta com investimentos chineses, russos, europeus e norte-americanos, em equipamentos e materiais.

Dados recentes, divulgados pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), dão conta de que a produção de petróleo na Venezuela caiu 42,6% desde 2016, passando de 2,15 milhões de barris diários para 1,23 milhões de barris.

Já os dados oficiais, da Venezuela, dão conta de que a produção está em 1,57 milhões de barris de petróleo por dia.

O Ministério Público da Venezuela acusou recentemente do crime de corrupção o ex-presidente da PDVSA Rafael Ramírez, que está radicado no estrangeiro.