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Estudo sobre Batata-doce lança dúvidas sobre contactos entre polinésia e continente americano

Foto Arquivo
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Um novo estudo sobre a origem da batata-doce situa-a antes do aparecimento dos humanos, levantando dúvidas sobre a existência de contactos pré-europeus entre a Polinésia e o continente americano.

O estudo, conduzido pela universidade britânica de Oxford, conclui, a partir de análises genéticas, que a batata-doce surgiu há pelo menos 800 mil anos (muito antes do aparecimento da espécie humana) e sugere que a disseminação da planta terá acontecido sem intervenção humana.

A investigação, cujas conclusões são publicadas hoje na revista científica Current Biology, propôs-se clarificar a origem e a evolução da batata-doce, que é rica em vitamina A.

Pretendeu também desmontar a tese de que houve contactos (humanos) pré-europeus entre a América e a Polinésia, usando como justificação a presença da planta, com origem atribuída à América, na Polinésia antes da chegada dos europeus.

A partir da sequenciação genética de 199 espécies de batata-doce e dos seus ‘parentes’, o estudo sugere que a planta surgiu após uma duplicação do genoma (conjunto de informação genética).

De acordo com os cientistas, a batata-doce emergiu da planta da espécie “Ipomoea trifida” e depois ‘misturou-se’ com esta para produzir uma linhagem distinta.