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Estados Unidos voltam a rejeitar voto anti-nazi nas Nações Unidas

Estados Unidos, não apoiam o discurso nazi, mas não o podem banir sem violar a sua própria Constituição. FOTO GETTY
Estados Unidos, não apoiam o discurso nazi, mas não o podem banir sem violar a sua própria Constituição. FOTO GETTY

Os Estados Unidos vão rejeitar novamente uma resolução anual das Nações Unidas a condenar a glorificação do nazismo, anunciaram ontem fontes diplomáticas, alegando que há questões de liberdade de expressão.

A resolução avançada pela Rússia destina-se a banir o discurso pró-nazi nos países da ONU e impor restrições às afirmações públicas e ao direito de reunião, o que vai contra a Constituição norte-americana, que garante o direito de expressão mesmo para os seguidores da doutrina nazi.

O voto reiterado dos Estados Unidos assume este ano outra relevância por causa do discurso do Presidente, Donald Trump, que atribuiu responsabilidade quer à extrema -direita quer à extrema esquerda nos confrontos de Charlotesville, onde uma pessoa morreu atropelada quando manifestantes nacionalistas brancos se enfrentaram com anti-fascistas.

Vários sectores políticos e dos média criticaram Donald Trump por não condenar inequivocamente os nacionalistas brancos à partida.

Este ano, os representantes norte-americanos estão a esforçar-se para explicar o dilema dos Estados Unidos, que não apoiam o discurso nazi mas não o podem banir sem violar a sua própria Constituição.

As resoluções da Assembleia-Geral da ONU não são vinculativas e não obrigam os membros a adoptar nenhuma lei.