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Chipre intercepta embarcação com 143 sírios e prende alegado traficante

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As forças de segurança cipriotas interceptaram hoje uma embarcação com 143 sírios perto da cidade de Paphos, sudoeste da ilha, e prenderam o alegado traficante, informou à agência noticiosa EFE um porta-voz da polícia.

O tribunal do distrito de Paphos decretou a prisão preventiva durante oito dias para o suposto traficante, um sírio de 29 anos, acrescentou a mesma fonte.

Foram ainda detidas mais sete pessoas incluídas numa “lista negra” por terem tentado várias vezes entrar ilegalmente no país.

Entre as 143 pessoas que viajavam na embarcação, 62 são homens, 31 mulheres e 50 são menores de idade, e todas se encontravam em boas condições de saúde, informaram as autoridades locais. Foram transferidos na totalidade para o centro de acolhimento de Kofinu.

Os potenciais refugiados referiram que o barco saiu de Mersin, na Turquia, no passado sábado e que cada um dos passageiros pagou ao suposto traficante cerca de 2.000 dólares (1.713 euros).

Com cerca de um milhão de habitantes, Chipre está dividida desde a invasão da parte norte da ilha pelo exército turco em 1974, numa reacção a um fracassado golpe de Estado que pretendia a união do país à Grécia (Enosis).

Desde então que a República de Chipre, admitida na União Europeia (UE) em 2004, apenas exerce a sua autoridade na parte sul da ilha (63% do território), onde habitam os cipriotas gregos.

Os cipriotas turcos estão concentrados na auto-proclamada República Turca de Chipre do Norte (RTCN, apenas reconhecida por Ancara), onde a Turquia mantém cerca de 35.000 soldados.

As negociações directas para a reunificação da ilha do mediterrâneo oriental, mediadas pela ONU, foram retomadas em 2015 e têm registado progressos significativos. No entanto, encontram-se de novo paralisadas após o fracasso da recente ronda negocial na localidade suíça de Crans-Montana.