A juíza da secção de instrução criminal da Comarca da Madeira determinou, esta tarde, que o homem de 45 anos que é o suspeito de ter assassinado à facada a sua mãe, de 79 anos, no Arco da Calheta, vai aguardar julgamento em prisão preventiva. Além do crime de homicídio qualificado, o arguido está indiciado por um crime de tráfico de estupefacientes de menor gravidade.

O arguido e único suspeito até ao momento do homicídio ocorrido na casa da família chegou às 15h45 ao Palácio da Justiça do Funchal, acompanhado por inspectores da Polícia Judiciária. Depois de duas horas e meia de primeiro interrogatório judicial (entre as 16h25 e as 19h00), a juíza Susana Mão de Ferro determinou a medida de coacção mais grave, ou seja, a prisão preventiva, por entender que há perigo de fuga e perigo de continuação da actividade criminosa ou que perturbe gravemente a ordem e a tranquilidade públicas.

Recorde-se que os Bombeiros Voluntários da Calheta encontraram o corpo da idosa sem vida, em rigidez cadavérica, às 15h45 de domingo, no interior da sua casa no Caminho da Fonte do Til. O alerta foi dado por familiares, tendo comparecido no local a PSP e a PJ. Nessa altura as atenções voltaram-se para o outro ocupante da casa, um filho que esteve emigrado em Londres e que regressou recentemente à Madeira. O suspeito acabou por ser localizado num bar da freguesia, tendo sido detido sem oferecer resistência.

Alguns vizinhos afirmam que o indivíduo “veio fugido de Inglaterra”. No entanto, apenas são conhecidos pequenos delitos no cadastro criminal do indivíduo. De acordo com informações recolhidas pelo DIÁRIO, o arguido tem problemas de toxicodependência, designadamente de consumo de haxixe. Recentemente deixou de tomar a medicação para a epilepsia e começou a ingerir bebidas alcoólicas de forma descontrolada.