Madeira

Miguel Sousa acusa o governo de Lisboa de ser “o maior predador do turismo da Madeira”

Deputado do PSD denuncia acções da TAP contra a Região

Foto Jorge Freitas Sousa
Foto Jorge Freitas Sousa

“Somos sempre os que mais pagamos e menos regalias temos”, conclui Miguel de Sousa, face ao que tem sido a política da TAP em relação à Região.

O deputado do PSD fez uma intervenção, no período antes da ordem do dia, em que começou por demonstrar que a transportadora aérea pratica preços muito mais baixos para voos internacionais e atribui benefícios, nomeadamente a possibilidade de permanecer três dias em Lisboa ou no Porto e até ter descontos em restaurantes, que não são oferecidos para a Madeira.

Miguel de Sousa também criticou taxa de turismo de Lisboa que atinge os madeirenses que se deslocam à capital e ficam “numa pequena pensão”.

Mais grave é o que se verifica em relação à promoção feita pela TAP da rota para Canárias, o principal concorrente da Madeira enquanto destino turístico e que a empresa, que tem maioria de capital público, além de oferecer preços muito inferiores aos da Madeira, considera “um paraíso”.

Miguel de Sousa lembra que é devido à linha da Madeira que a TAP “não fechou” e recebe apoios.

“Arranjaram, com um pretexto de subsídio à mobilidade insular, um expediente para entregar 55 milhões de euros à TAP privatizada. Um sistema de mobilidade que não presta, não agrada aos seus utentes, excedeu os gastos orçamentais e ninguém reclama em Lisboa”.

A TAP, acusa, “cobra o preço por milha mais caro de todas as suas rotas e ainda recebe 55 milhões de euros de subsídio”, acusa.

O deputado do PSD quer saber se foi para isto que “o actual primeiro-ministro António Costa fez questão de rever a privatização da companhia”.

Miguel de Sousa não admite que seja uma empresa com maioria de capital do Estado a “explorar uma região que depende sobretudo do transporte aéreo”.

A TAP, garante, não serve aos madeirenses nem ao turismo regional.

“Sendo o maior accionista da TAP, o Governo da República é o maior responsável por este descalabro de preços dos bilhetes e o maior predador do turismo na Madeira”, conclui.