Madeira

Marcelo presta homenagem aos jornais centenários, incluindo o DIÁRIO

FOTO NUNO FOX/LUSA
FOTO NUNO FOX/LUSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prestou esta tarde homenagem a 31 jornais centenários, no Dia da Liberdade, e manifestou-se preocupado com a sua sobrevivência económica e financeira, pedindo medidas que ajudem o setor. O DIÁRIO foi um dos jornais distinguidos, estando representando na cerimónia seu presidente do conselho de administração, Michael Blandy.

Numa cerimónia na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém, em que condecorou a Associação Portuguesa de Imprensa com o título de membro honorário da Ordem do Mérito, o chefe de Estado realçou o “peso esmagador da publicidade de grandes empresas multinacionais no que respeita à imprensa eletrónica”. “Estamos a falar de 80% ou mais da publicidade detida por um número muito limitado de empresas multinacionais”, referiu, acrescentando que, num prazo muito curto, a situação “constitui um problema”. “Sei que o Governo está atento a esse problema, que impõe [a necessidade de] medidas que permitam ir ao encontro das vossas aspirações e das vossas necessidades”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa falava perante cerca de 30 representantes de órgãos de comunicação social centenários, membros da Associação Portuguesa de Imprensa, como o Açoriano Oriental, o Diário de Notícias da Madeira, A Voz do Operário, o Jornal de Notícias e a Folha de Tondela.

“Homenageio a vossa coragem, a vossa determinação, a vossa persistência, mas estou seriamente preocupado com o panorama da imprensa em Portugal”, declarou.

O Presidente da República acrescentou que está “preocupado, não por falta de liberdade, não por falta de criatividade, não por falta de determinação, mas porque as condições objetivas, nomeadamente económicas e financeiras, são cada vez mais limitativas”.

Referindo que conhece bem o setor, afirmou: “Acompanho as vossas vicissitudes. Sei bem como é difícil a produção, como é muito difícil a distribuição, como é um problema cada vez mais grave a publicidade e, portanto, a sobrevivência económica e financeira da imprensa portuguesa”.