Madeira

Dois homens acusados de transportar 588 Kg de cocaína começaram a ser julgados no Funchal

O veleiro onde seguia o carregamento de cocaína encontra-se em doca seca no Caniçal.
O veleiro onde seguia o carregamento de cocaína encontra-se em doca seca no Caniçal.

Dois homens, um espanhol e um uruguaio, começaram hoje a ser julgados no Tribunal de Instância Central da Comarca da Madeira, na sequência de um caso de tráfico de droga que resultou na apreensão de 588 quilos de cocaína.

A droga estava oculta no veleiro ‘Calma’, onde os dois viajavam da República do Suriname (América do Sul) para Espanha.

Os arguidos, ambos com 43 anos, não têm antecedentes criminais, mas o facto é que a Polícia Judiciária da Madeira intercetou a embarcação no dia 18 de junho de 2016, na Marina da Calheta, na zona oeste da ilha, e nesse mesmo dia apreendeu cerca de 122 quilos de cocaína, acondicionados nos flutuadores do bote salva-vidas.

Numa segunda fase, quando a Polícia Marítima procedia à vistoria do veleiro, foram detetados mais 217 quilos de cocaína, e numa terceira fase, na sequência do transporte para doca seca, as autoridades apreenderam outros 249 quilos da mesma droga.

Segundo a juíza Carla Meneses, que preside ao coletivo, os arguidos são acusados de “ter planeado adquirir cocaína para a fazer entrar no mercado espanhol, sendo certo que para esse efeito usariam o veleiro ‘Calma’”.

A droga estava acondicionada em 500 embalagens, num total de 588 quilos, tendo sido adquirida na República do Suriname, na América do Sul.

A juíza explicou que não se conhece o fornecedor nem o preço pago, mas salientou que os arguidos são acusados de ocultar a droga na embarcação.

O Tribunal de Instância Central da Comarca da Madeira ouviu hoje um inspetor da Polícia Judiciária que esteve envolvido na operação, que considerou que a Madeira não era o local de transbordo da cocaína, mas apenas um “ponto acidental de passagem”, devido à falta de combustível.

Os arguidos optaram por não prestar declarações.