Madeira

Cooperativa ABAMA contesta valores pagos pela banana

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A Cooperativa ABAMA emitiu ontem uma nota onde contesta os valores a serem pagos pelo Governo Regional, através da GESBA, relativamente aos lucros decorrentes da venda de banana.A cooperativa adianta que ontem, dia 28 de Março, esteve representada por alguns elementos, na Assembleia Legislativa Regional, no debate potestativo requerido pelo Grupo Parlamentar do PS sobre “A GESBA” e que teve a presença do secretário regional da Agricultura e Pescas, Humberto Vasconcelos.

Na nota, a ABAMA recorda que o Governo Regional, através da GESBA, “pretende distribuir apenas 400 mil euros pelos 2.800 produtores de banana. Mas esqueceu-se de referir que nos últimos 6 anos a GESBA teve um lucro superior a 10 milhões de euros”, vinca.

Curiosamente, acrescenta a mesma nota, “o secretário da Agricultura congratulava-se ainda pelo sucesso da campanha de promoção da banana que alavancou as vendas e o escoamento do produto”. Ora, “se a produção está bem e recomenda-se, o escoamento do produto foi maior, e se houve lucro, nada mais natural que a distribuição de lucros fosse maior para que os produtores pudessem ser premiados pelo seu trabalho”.

Segundo a ABAMA, “400 mil euros de distribuição de lucros pelos 2.800 produtores significa que cada produtor irá receber 142,86 €. Recusamos sermos tratados como mendigos”, acentua a nota.

E prosseguem: “Sabemos como o mercado funciona. Se estamos a reivindicar é porque temos direito a mais e sabemos que não estamos a prejudicar o mercado. Ninguém mais do que nós queremos que a produção da banana seja lucrativa e sustentável.

A nossa presença no hemiciclo foi muito produtiva. Avaliamos o

trabalho de todos os partidos políticos presentes no debate. Alguns deputados foram demasiado brandos nas perguntas ao secretário regional de Agricultura. O CDS/PP mais parecia estar interessado num noivado para um casamento com o PSD do que a defender os interesses do povo”.

Ainda segunda a mesma nota, “a ABAMA e os produtores de banana pretendem, tão somente, o pagamento justo pelo trabalho realizado. Com a sua experiência nos últimos anos, consideram que é possível melhorar o funcionamento do mercado e acreditam que se tiverem a possibilidade de irem directamente ao mercado conseguem lucros superiores”.

“Conclui-se também das informações prestadas o que todos nós já sabíamos: a GESBA é uma empresa pública igual a tantas outras e é mais uma que precisa de milhões para fazer o seu trabalho e tudo isto à custa dos produtores de banana”, termina a nota de imprensa.