A Mobilidade do Subsídio

Relata o jornal, DNoticias, de que o Subsídio Social de Mobilidade, anda às voltas, a esbracejar entre o Continente e as lhas Autónomas, seu destino. Da leitura feita, extrai-o, de que não anda - está emperrado ou sem rumo. Parece que temos que convocar para desbravar este mar revolto, o velho Gonçalo, O Diogo de Silves, o Zarco, o Perestrelo e TristãoVaz, e ainda perguntar ao Camões se está interessado em cantar a epopeia do Novo Tempo, com olhos que vejam. A juntar a essa indefinição, está o mau estado em que funcionam as Autoridades policiais e da Justiça, sem culpas no cartório. À pergunta que serve de título à notícia que ilustra o ilustre jornal insular, se deve ser ou não, gerido, pelas Regiões Autónomas ou pelo Estado o encravado Subsídio, para tão paralisada Mobilidade, eu sou apologista de que, sim, devem ser os arquipélagos a fazê-lo. E em contraponto, arrojo-me a perguntar, aqui do meu cesta da gávea, se o Estado centralizado lá por Belém à sombra da Torre, e a espreitar o país do Terreiro do Paço defronte ao Cais das Colunas, se sabe se existem e para que servem exactamente, as Regiões da Madeira e dos Açores, para além da fantasia e do romantismo que elas emprestam, e para turista ver? Se sabem que elas são habitadas por povo que labuta para alcançar melhor vida, com pão à mistura? Então, se sabem, soltem das amarras o lânguido Subsídio, para que a Mobilidade nas ilhas cresça e se afirme sem mais ondas. É claro, que para uns e outros, deve haver fiscalização responsável, pelas Instâncias Superiores, que cumprem e fazem cumprir a Lei, a que se obrigam os governos respeitar, para que não embarquem os piratas nos viciados desvios dos montantes atribuídos, e que requerem exemplar gestão. Se assim não acontecer, cadeia com eles – os que sempre sabem aproveitar-se da coisa pública, e que nem um morabitino deixam na gamela, que permita carregar um telemóvel de serviço, e “desinternetado”, que mais isolamento provoca, a quem só vê mar cantado!