“O ferry vai deixar mais rasto do que parece”

Reacção de Élvio Sousa, secretário-geral do JPP, à notícia que hoje é manchete no DIÁRIO

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O Junto pelo Povo (JPP) congratula-se com a escolha do navio que vai assegurar o retomar da ligação ferry, não só entre o Funchal e Portimão, mas também com Las Palmas, por considerar também muito importante esta ligação marítima inter-ilhas. Só lamenta que esta ligação ferry não contemple, pelo menos, metade do ano.

“Congratulamo-nos com a vinda do ferry. È um ponto de partida para o cumprimento integral da promessa eleitoral, porque a promessa eleitoral e o que está no Programa de Governo é uma linha contínua, progressiva e regular. Nenhuma cadeia logística regional se interessará por uma alternativa de transporte cuja regularidade seja inferior a seis meses. Os estudos, que o Governo pagou milhares, todos eles revelam esta oportunidade de ser uma linha viável no tempo, pelo que, o limite inferior a seis meses não flexibiliza uma oportunidade de negócio, sobretudo para as cadeias logísticas”, começou por assinalar.

À parte das 12 rotações asseguradas, Élvio Sousa mostra-se satisfeito com a escolha do navio. Co pouco mais de uma década a navegar, o ‘Volcan de Tijarafe’ acaba por ser uma boa notícia face ao que “o Caderno de Encargos permitiria”, antevendo por isso que este ferry “vai deixar mais rasto do que parece”.

Além das 12 rotações entre a Madeira e o Continente, o dirigente do JPP faz questão de realçar como “aspecto muito interessante que não podemos deixar passar em claro como positivo, que é a ligação inter-insular. A ligação inter-insular é o retomar de uma perda de 400 anos de ligações marítimas, porque havia um comércio inter-insular até ao século XVII muito interessante”, relembra.

A ligação dentro dos mesmos moldes como a que existia com o operador anterior, ou seja, Canárias – Funchal – Portimão é “um ponto super positivo a toda a operação. É o ponto de partida”, considera.

Para ser o desejável só falta prolongar a duração da operação, a pelo menos seis meses, porque “para haver um dinamismo e haver viabilidade de mercado, sobretudo para a nossa micro-economia e inter-acção, uma operação inferior a seis meses não se constitui alternativa para carga, que juntamente com as viaturas é quem dá um equilíbrio de viabilidade à operação”, concretizou.