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Exposição sobre a obra do arquiteto Souto de Moura no Convento de Cristo

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A exposição “Eduardo Souto de Moura: Continuidade”, que aborda os simbolismos e as analogias na obra do arquiteto portuense, vai estar patente, a partir de 03 de março, no Convento de Cristo, em Tomar.

De acordo com a Ordem dos Arquitetos, a mostra, que esteve na Garagem Sul do Centro Cultural de Belém, no ano passado, vai abrir, no próximo dia 03 de março, às 18:00, no Convento de Cristo, em Tomar, com a presença do arquiteto.

Com curadoria de André Campos e Sérgio Koch, a exposição - que apresenta sete projetos em formato de maquete, e uma série de oito vídeos originais da autoria do realizador Takashi Sugimoto - vai estar no convento até 28 de março.

Eduardo Souto de Moura, 63 anos, nascido no Porto, premiado com o Pritzker em 2011, assinou, entre outros projetos, o Estádio Municipal de Braga, a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, e o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança.

No ano passado, foi premiado pela X Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo (BIAU), que decorreu em Madrid, “pelo importante contributo do seu ensino em universidades de diversos países”, justificou a organização.

Num nota sobre a exposição, os curadores escrevem: “De uma forma latente, no caso dos simbolismos, ou claramente assumidas, no caso das analogias, funcionam como elementos catalisadores de um desenvolvimento mental de procura de soluções que permitem consolidar e contextualizar as suas intervenções”.

André Campos e Sérgio Koch referem que a arquitetura de Souto de Moura “procura a racionalidade na disciplina, claramente influenciada por Aldo Rossi e os seus princípios de que as preexistências, a história da arquitetura, a tradição da cidade europeia e a ideia de monumento são o ponto de partida para evolução da disciplina”.

Por outro lado, na obra, “contrapõe-se uma visão norte-americana inspirada em Robert Venturi, contrária à Arquitetura Moderna, defendendo uma via híbrida, onde a contradição e a ambiguidade quebram com os princípios de coerência defendidos pelo Movimento Moderno”.

O arquiteto Eduardo Souto de Moura foi um dos oradores, em 2016, no ciclo de conferências sobre “Arquitetura Portuguesa Criatividade e Inovação”, que decorreu, com uma exposição, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.