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Conferência do Teatro arranca amanhã com ‘Madeira de A a Z’

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A Conferência do Teatro: Madeira de A a Z acontece amanhã, quarta-feira, pelas 18 horas, no Teatro Municipal Baltazar Dias, marcando o início da nova temporada artística e o regresso da 3ª edição das Conferências do Teatro.

A sessão deste mês terá como temas o Visconde do Porto da Cruz e António Alfredo de Santa Catarina Borges. Sílvia Gomes e Cristina Trindade são, respectivamente, as oradoras convidadas.

A sessão é de entrada gratuita e será realizada no Foyer do Teatro. Estas conferências são promovidas pela Câmara Municipal do Funchal, em parceria com o Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias, a Cátedra Infante Dom Henrique para Estudos Insulares, a Agência de Promoção de Cultura Atlântica, a Universidade da Madeira e o Instituto Cultural dos Açores.

Alfredo António de Freitas Branco, 1º Visconde do Porto da Cruz (1890-1962), foi uma figura marcante da sociedade e da cultura madeirense do século XX, mas também polémica, devido aos seus ideais e às sucessivas causas e credos que foi abraçando.

Homem multifacetado, envolvido em diferentes projectos, distinguiu-se em vários domínios como escritor, jornalista, fundador, director e colaborador em diversos periódicos, publicista, folclorista, conferencista e membro de várias associações culturais.

Deixou um importante legado literário, uma vasta obra composta por textos de diferentes géneros, sobretudo, no que concerne ao território madeirense, contribuindo com os seus estudos, para o conhecimento do património cultural material e imaterial da Madeira.

Cristina Trindade irá debruçar-se sobre António Alfredo de Santa Catarina Braga (último quartel do século XVIII – entre 1840 e 1849), um franciscano egresso que assumiu o governo da diocese do Funchal entre 1834 e 1840.

Adepto incondicional do liberalismo, a sua acção ficou marcada por algumas iniciativas polémicas, de entre as quais a mais célebre é a que interditou o culto popular à figura de frei Pedro da Guarda.

Por outro lado, caracterizou-se também por assumir posições progressistas como o apelo à vacinação das famílias, a promoção dos enterramentos fora dos templos e adros ou os alertas em relação aos perigos da emigração.

Acabou a sua carreira no Funchal em 1840, tendo sido promovido para a diocese de Bragança, ainda que não chegasse a desempenhar nela nenhum cargo, por se achar sem forças para as novas funções.