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Porsche quer SIVA a crescer para 30 mil carros vendidos por ano “a médio prazo”

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A Porsche Holding Salzburg (PHS) quer que a SIVA cresça para os 30 mil carros vendidos anualmente “a médio prazo”, divulgou o diretor Hans Peter Schützinger, revelando ainda que a compra do grupo português foi finalizada na terça-feira.

Numa conferência de imprensa de apresentação da equipa da PHS, nova dona da importadora do grupo Volkswagen em Portugal, a SIVA, o diretor da empresa austríaca garantiu ainda que vai manter os 650 trabalhadores em Portugal.

“Depois de uma longa negociação de quase dois anos, que levou a uma grande incerteza, é com grande orgulho que afirmamos que fechámos esta aquisição. Os últimos meses foram um desafio. Encaramos esta tarefa como otimismo”, afirmou o diretor da PHS, acrescentando que o “objetivo de médio prazo” é atingir a venda de 30 mil carros por ano.

Pedro de Almeida, da SIVA, reiterou a ideia de Hans Peter Schützinger, referindo que os 30 mil carros por ano que a SIVA pretende vender anualmente são “o volume natural que as marcas merecem”.

Na apresentação, Hans Peter Schützinger referiu que “Portugal se vai tornar um mercado-chave” para a PHS, um dos maiores “vendedores grossistas” do grupo.

O diretor afirmou que o “objetivo de 30 mil carros vendidos por ano nos próximos três anos é muito importante e não é impossível”, por se tratar, aproximadamente, do número de viaturas vendidas antes da crise.

Já Pedro de Almeida, questionado pela Lusa sobre se os três anos compreendiam o ano de 2019, disse que ainda não há “um plano concreto definido”, limitando-se a dizer que empresa quer mostrar “é que a médio prazo quer chegar aos 30 mil carros”, e que “quanto mais rápido, melhor”.

“O nosso 2019 está praticamente acabado, sabemos o que vamos fazer em 2019, portanto agora temos de olhar em frente a partir de 2020”, acrescentou.

Sobre se o futuro inclui a incorporação na SIVA (que importa Volkswagen, Volkswagen comercial, Audi, Skoda, Bentley e Lamborghini para Portugal) de outras marcas do grupo Volkswagen, como a SEAT, o diretor executivo da PHS, Hans Peter Schützinger, não exlcuiu a hipótese a longo prazo.

“Neste momento é muito importante para nós reconstruir a empresa, pelo menos na ‘performance’ [desempenho], mas tenho a certeza que no final de contas, se formos bem sucedidos, e é isso que temos de ser, essa é uma boa ideia”, admitiu o responsável.

A SIVA foi adquirida à SAG Gest, detida quase na totalidade pelo empresário João Pereira Coutinho, pela Porsche Holdings Salzburg, do grupo Volkswagen, pelo preço simbólico de um euro.

No final de abril, a Porsche assinou acordos com a SIVA, subsidiária do principal grupo automóvel português SAG-SGPS SA, para adquirir o negócio de importação da Volkswagen, Volkswagen Veículos Comerciais, Audi, SKODA, Bentley e Lamborghini, e a rede de retalho detida pelo importador e composta por 11 concessionários em Lisboa e no Porto.

Em 2018, o volume de vendas das marcas distribuídas pela SIVA foi de 20.349 veículos, uma queda de 32,6% face às 30.171 unidades em 2017. Correspondeu a uma quota de 8,4% no mercado de veículos ligeiros de passageiros, abaixo dos 12,8% em 2017, e de 7,6% no mercado de veículos ligeiros (veículos de passageiros e comercias ligeiros), que compara com a quota de mercado de 11,6% do ano anterior.