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Montenegro admite “avaliar” levantamento de disciplina de voto a deputados da Madeira

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O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro afirmou hoje que, se for o próximo presidente do partido, irá avaliar a possibilidade de levantamento da disciplina de voto aos deputados da Madeira no próximo Orçamento do Estado.

“Se se justificar, é possível isso acontecer, não é impossível. Os nossos regulamentos internos permitem o levantamento da disciplina de voto em situações excecionais. Não estou no parlamento, não sei se é o caso”, afirmou, questionado pela Lusa no final de um encontro com a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.

“Quando for eu a gerir o PSD, a partir do dia 12 de janeiro, eu avaliarei essa possibilidade segundo os princípios normais, foi sempre assim que fiz”, acrescentou o antigo líder parlamentar da bancada social-democrata.

Por ter desempenhado essas funções, Montenegro disse conhecer este tema “com muito detalhe” e considerou que o partido tem instrumentos internos para “poder avaliar se há razões ou não para haver um levantamento da disciplina de voto de alguns deputados”.

O presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, já afirmou várias vezes que os três parlamentares eleitos pela Madeira poderão votar a favor do OE2020 se a moeda de troca for a satisfação das reivindicações da região junto do Governo da República socialista.

Outro candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz já tinha hoje afirmado encarar “com naturalidade” que os deputados do partido eleitos pela Madeira votem a favor do Orçamento de Estado, “sem penalização”, para defender os interesses da região.

“Vejo com naturalidade que deputados da Madeira possam defender os interesses da Madeira, sem qualquer penalização, em questões que tenham a ver com a Madeira. Em todas as outras, o interesse nacional sobrepõe-se”, disse Pinto Luz à agência Lusa no âmbito da visita de dois dias que termina hoje à região para contactar elementos das autarquias e do Governo Regional.

Além de Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, é candidato à liderança do PSD o atual presidente Rui Rio.

As eleições diretas realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o Congresso entre 07 e 09 de fevereiro, em Viana do Castelo.