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Sobe para 251 número de mortos na ruptura de barragem brasileira em Brumadinho

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O balanço do número de mortos devido à ruptura, em janeiro, de uma barragem de resíduos minerais em Brumadinho, no Brasil, subiu na sexta-feira para 251, com a descoberta de um corpo ainda não identificado, divulgaram hoje as autoridades.

As autoridades procuram ainda 19 desaparecidos devido ao desastre mineiro, ocorrido em 25 de janeiro na cidade de Brumadinho, no estado de Minas Gerais (sudeste), segundo o Corpo de Bombeiros.

No domingo, quando estavam contabilizados 250 mortos, uma vítima mortal foi identificada como sendo um técnico que trabalhava na Vale, a empresa brasileira proprietária da represa que desmoronou, originando um aluimento de lodo e de resíduos minerais que destruiu tudo o que encontrou pelo caminho.

Construído em 1976, o dique de contenção tinha capacidade para armazenar cerca de 13 milhões de metros cúbicos de resíduos ferrosos e água.

A onda de lama, água e restos de minerais arrasou com a área administrada pela Vale, nomeadamente casas, granjas, pousadas e estradas em poucos minutos.

A Polícia Federal apresentou acusações há cerca de duas semanas contra 13 funcionários da Vale, que é o maior produtor e exportador de ferro do mundo, e contra o consultor alemão TÜV SÜD, pelos supostos crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos, mas ninguém foi detido ainda.

Os trabalhadores de ambas as empresas foram acusados de terem certificado, aparentemente de forma fraudulenta, a segurança da barragem de resíduos que desabou em Brumadinho.

O desastre em Brumadinho ocorreu três anos depois de outro incidente semelhante em Mariana, um município que também fica no estado de Minas Gerais e onde a quebra de vários diques da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, causou 19 mortos e uma enorme tragédia ambiental.