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Oracle restringe venda e uso de serviços na Venezuela devido às sanções dos EUA

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A empresa norte-americana de ‘software’ Oracle Corporacion notificou os seus associados e clientes venezuelanos que devido às sanções impostas pelos Estados Unidos contra o governo do Presidente Nicolás Maduro, os seus serviços vão ser restringidos.

A notificação foi feita através de uma carta assinada por Márcio Silveira, vice-presidente sénior e conselheiro-geral regional do Escritório de Ética da Oracle e divulgada pela imprensa venezuelana.

Segundo o documento, devido à Ordem Executiva 13884 de 5 de outubro, assinada pelo Presidente dos EUA Donald Trump, a Oracle não pode continuar a trabalhar com os associados e clientes atuais na Venezuela.

A Oracle está também impossibilitada de vender serviços, produtos, hardware ou software a clientes novos, nem participar em novos negócios com clientes existentes.

“A Oracle está avaliando os requerimentos e impactos das leis e regulações dos Estados Unidos. Será feito o acompanhamento de cada caso com os clientes e caso que corresponda será prestada orientação ou instruções adicionais”, explica.

Vários usuários venezuelanos estão a queixar-se da decisão da Oracle, com nas sanções contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro, por não terem vínculos com o regime.

Sediada em Califórnia (EUA), a Oracle é uma empresa norte-americana especializada em desenvolver software para “soluções” na web e nas redes locais, entre elas a Oracle Database, um sistema de gestão de base de datos.

A 7 de outubro último a empresa norte-americana de software Adobe anunciou que vai suspender os serviços e contas dos utilizadores e clientes radicados em território venezuelano, devido às sanções impostas pelos Estados Unidos contra o Governo da Venezuela.

“Devido à recente ordem executiva presidencial dos Estados Unidos de América (...), referente a atividades com o Governo venezuelano, a Adobe não está mais autorizada a fornecer acesso a ‘software’ e serviços, nem a permitir novas compras”, explica-se num comunicado ao qual a agência Lusa teve acesso.

A criadora dos programas de edição de vídeos, fotografia, paginação de jornais e revistas, e desenho de páginas ‘web’ (Premiere, Photoshop, Ilustrator, Lightroom, After Effects, Indesign e Dreamweaver, entre outros), explicou que os utilizadores têm até 28 de outubro de 2019 para fazer o ‘download’ do conteúdo que têm armazenado ‘online’.

“Após 28 de outubro de 2019, já não terá mais acesso à sua conta, a adobe.com, ao ‘software’ e aos serviços da Adobe”, sublinha-se.