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Nova Zelândia recupera perto de 2.500 armas ilegais após atentados em Chirstchurch

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A polícia da Nova Zelândia anunciou hoje a recuperação de cerca de 2.500 armas ilegais ao abrigo de um programa governamental que foi aprovado após o atentado supremacista ocorrido em março em Christchurch, que fez 51 mortos.

O programa do Governo neozelandês, que entrou em vigor esta semana, consiste na entrega voluntária de armas e acessórios sem registo, sendo que os proprietários recebem uma compensação monetária ao aderir ao plano.

Entre sexta-feira e hoje, mais de 1.617 proprietários compareceram nos pontos de entrega certificados em diversas localidades do país, segundo um comunicado da polícia neozelandesa.

Nos últimos três dias, as autoridades recuperaram 2.491 armas ilegais e 6.595 peças e acessórios, num total de reembolsos na ordem dos 2,7 milhões de euros.

Estas armas recuperadas juntam-se às mais de mil armas que foram entregues voluntariamente ou apreendidas em junho último.

O Parlamento neozelandês aprovou em abril um endurecimento das medidas relacionadas com a posse de armas semiautomáticas, em reação aos ataques atribuídos a um supremacista australiano contra duas mesquitas em Chirstchurch, a terceira maior cidade do país.

A iniciativa inclui a proibição de armas semiautomáticas e de peças, cartuchos e munições que possam ser usados para modificar armas e transformá-las em semiautomáticas.

As medidas também abrangem espingardas com capacidade para mais de cinco cartuchos.

O principal suspeito do ataque, um australiano de 28 anos, foi acusado de terrorismo, 51 crimes de homicídios e 40 tentativas de homicídio.

O atacante transmitiu em direto na Internet durante cerca de 17 minutos o momento em que abriu fogo numa das mesquitas.

Também publicou, através das redes sociais, um manifesto anti-imigrantes de 74 páginas, no qual procurava justificar as suas ações.

O australiano não tinha antecedentes criminais e tinha obtido a licença das armas em novembro de 2017, cumprindo os requisitos legais.