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Ministro venezuelano de Educação propõe igualdade de salários para trabalhadores do setor

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O ministro venezuelano de Educação, Aristóbulo Istúriz, propôs hoje que os salários de professores, pessoal de administração e outros trabalhadores do setor sejam iguais para evitar que exista discriminação.

A proposta foi feita durante uma entrevista ao canal estatal Venezuelana de Televisão (VTV) e desencadeou críticas através das redes sociais, nas quais alguns utilizadores propuseram que os ministros, vice-ministros, diretores e chefes de zonas educativas também tenham salários iguais aos dos outros trabalhadores.

“Não podemos fazer discriminação entre nenhum setor. Há gente [professores] que diz que está mais perto [salarialmente] dos outros trabalhadores e que são profissionais [têm formação]. Os outros trabalhadores também comem, têm de pagar casa e também lhes afeta a guerra económica”, disse Aristóbulo Istúriz.

O governante explicou que “se um trabalhador ganha menos” tem de ser protegido mais.

“Quem ganha menos tem de ser mais protegido, porque aqui não se trata se estudou ou não. Esse não é o problema”, frisou Aristóbulo Istúriz que entre 06 de janeiro de 2016 e 04 de janeiro de 2017 foi vice-presidente da Venezuela.

O ministro da Educação vincou ser “claro que há que reconhecer o esforço que fazem [os professores]”, mas não se pode dizer que a diferença entre salários “é muito curta”.

“Isso é uma posição que não podemos admitir (...). Oxalá pudéssemos ganhar [todos] o mesmo, oxalá. Há hierarquias, porque há gente que se esforça mais, mas isso não te dá direito a que reclames que uma diferença [entre salários] é muito alta ou muito baixa”, disse.

Nos últimos meses, os professores e outro pessoal do setor da Educação têm intensificado os protestos, com reivindicações salariais, entre outras.