Mundo

Intercâmbio ambiental leva delegação do sul da China a Portugal

FOTO Reuters
FOTO Reuters

Uma delegação da região do Pan-delta do Rio das Pérolas, no sul da China, inicia hoje uma visita de intercâmbio a Portugal e ao Luxemburgo, focada na economia verde e na protecção ambiental.

Nos países europeus, a delegação vai visitar “departamentos governamentais locais, organizações e empresas dos sectores ambiental e financeiro”, indicou, em comunicado, o Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM).

O objectivo da visita, que se prolonga até dia 11 deste mês, é “criar uma plataforma para todas as partes”, ao permitir a troca de “informações ambientais e futuras ideias de desenvolvimento verde”.

Os resultados do intercâmbio serão depois conhecidos no “Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2019” (MIECF 2019), que decorre entre 28 e 30 de Março, anunciou o IPIM.

Sob o tema “Rumo a uma civilização ecológica e ao desenvolvimento sustentável”, a edição deste ano está articulada com as “Linhas gerais para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, documento revelado há dias pelo Governo central chinês.

Neste sentido, o MIECF irá permitir uma “rede de ligações” entre os Governos regionais, as empresas do sector da protecção ambiental e os países lusófonos e europeus.

Desde 2016 que o Governo de Macau tem vindo a aprofundar a cooperação regional na zona do Pan-delta do Rio das Pérolas, através da constituição de delegações de representantes destas províncias para a cooperação com os mercados lusófonos e europeus.

A região do Pan-delta é composta pelas províncias de Fujian, Jiangxi, Hunan, Cantão, Guangxi, Hainan, Sichuan, Guizhou, Yunnan e pelas regiões administrativas especiais chinesas de Hong Kong e Macau.

De acordo com as “Linhas gerais para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, a zona deverá converter-se até 2022 num ‘cluster’ de classe mundial e, até 2035, numa área de excelência a nível internacional.

“Em 2035, os mercados abrangidos pela Área da Grande Baía devem estar altamente conectados, com um fluxo mais eficaz dos vários recursos e fatores de produção”, segundo o documento, apresentado em 18 de Fevereiro.

O objectivo do plano da Grande Baía é construir uma metrópole mundial a partir de Hong Kong e Macau, e nove cidades da província de Guangdong (Dongguan, Foshan, Cantão, Huizhou, Jiangmen, Shenzhen, Zhaoqing, Zhongshan e Zhuhai), numa região com cerca de 70 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto (PIB) que ronda os 1,3 biliões de dólares norte-americanos, maior do que o PIB da Austrália, Indonésia e México.