Governador eleito do Rio compara facções criminosas do Rio de Janeiro a nazis
O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, comparou hoje as facções criminosas que atuam no seu estado com grupos nazis, após visitar o Museu do Holocausto em Israel.
“Há uma proximidade dessas fações criminosas com uma ideologia, essa sim, nazista e fascista”, afirmou Witzel durante uma deslocação a Israel, onde se encontra desde a passada terça-feira.
A visita ao país do Médio Oriente, segundo o próprio futuro governador do Rio de Janeiro, deveu-se a motivos “técnicos, mas também religiosos”, tendo-se já deslocado ao ‘Muro das Lamentações’ (local sagrado do judaísmo) onde agradeceu a “Deus pela permissão” para “ser líder de um povo”, declarou.
Wilson Witzel terá ainda uma reunião com empresas israelitas do ramo da tecnologia conhecidas por fabricarem drones para uso civil e militar, tendo afirmado que espera adquirir cerca de 50 drones, com o intuito de monitorizar “bandidos do alto”, e não “para disparar na cabeça de ninguém”.
No entanto, manteve as suas anteriores afirmações de que os criminosos armados têm de ser abatidos.
Pouco depois de ser eleito, o governador do Rio de Janeiro suscitou controvérsia ao anunciar que pretendia autorizar que atiradores matassem criminosos armados, mesmo que não representassem uma ameaça para os agentes da polícia.
A atual vaga de violência no estado do Rio de Janeiro começou logo após os Jogos Olímpicos de 2016, tendo no ano seguinte sido registados 5.346 homicídios.
Witzel, que venceu a eleição de 28 de outubro com quase 60% dos votos, recorreu a ideais ultraconservadores que levaram também à vitória do candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro futuro Presidente do Brasil.
Ambos tomam posse no dia 01 de janeiro de 2019.