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Estudo de esqueletos da época romana mostra valores altos de poluição por metais

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Um estudo europeu com esqueletos humanos revela que a actividade mineira e metalúrgica da época romana causava contaminação ambiental que afectava a vida das pessoas, indica um estudo publicado esta segunda-feira.

No estudo, realizado por investigadores da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha) em colaboração com centros de investigação de toda a Europa, foram analisados esqueletos descobertos na necrópole de ‘A Lanzada’, em Pontevedra, Espanha, que abarcam um período continuo de 700 anos, e que apresentavam diferentes níveis de contaminação com metais, dependendo da sua antiguidade.

A directora do estudo, Olalla López Costas, declarou à agência noticiosa Efe que “a mineração maciça e a metalurgia desses séculos reflectiram-se nos ossos das pessoas que viviam naquele ambiente poluído”, atingindo níveis de chumbo e de mercúrio “muito superiores” aos da Idade Média.

Durante o período romano, adiantam os investigadores no estudo publicado na revista Science of the Total Environment, existiu “um clímax da poluição do ar” devido à intensidade dessas actividades no noroeste peninsular, o que demonstra que esses efeitos sobre o meio ambiente “têm afectado a vida das pessoas ao longo de mais de 2.000 anos”.