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Com duas condenações Lula da Silva ainda é réu em outros cinco casos

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O ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, condenado nesta quarta-feira a uma nova pena de 12 anos e 11 meses de prisão, é ainda réu em outras cinco ações penais na justiça brasileira.

Novamente condenado a quase 13 anos de prisão, pelos crimes de corrupção e branqueamento de capitais, no caso do imóvel em Atibaia, e já a cumprir pena de 12 anos e um mês pela condenação em segunda instância na ação do apartamento em Guarujá, no estado de São Paulo (SP), o ex-chefe de Estado tem pela frente uma série de ações penais distribuídas pela justiça federal do Paraná e de São Paulo e no Distrito Federal.

Entre os casos que se encontram a ser julgados em primeira instância e que podem render a Lula novas condenações, o que se encontra mais avançado é o que investiga se o antigo dirigente do Partidos dos Trabalhadores (PT) recebeu como vantagem indevida pela Odebrecht um terreno avaliado em 12 milhões de reais (cerca de três milhões de euros) onde supostamente seria instalado o Instituto Lula, uma fundação de estudos políticos, dedicada à cooperação internacional entre o Brasil, a África e outors países da América Latina.

Neste processo, Lula é réu por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, sendo também acusado de ter recebido um apartamento localizado na zona onde Lula residia em São Bernardo do Campo (SP). O alegado esquema de corrupção envolvia contratos entre as empresas Odebrecht e a petrolífera estatal, Petrobras, segundo a plataforma de notícias UOL.

A denominada “Operação Zelotes” é outro dos casos onde Lula é acusado pelos supostos crimes de branqueamento de capitais, organização criminosa e tráfico de influências, nas negociações que levaram o Governo brasileiro a adquirir 36 aeronaves suecas por 5,4 mil milhões de reais (cerca de 1,3 mil milhões de euros).

Lula da Silva é também réu num caso onde é acusado de corrupção passiva por favorecer empresas do setor automóvel na aprovação de uma medida provisória, em troca de subornos.

O ex-dirigente do PT é ainda acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa na “Operação janus”, por supostamente ter favorecido a Odebrecht através da concessão de empréstimos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social) para financiamento de obras em Angola.

Por fim, Lula é acusado de branqueamento de capitais por supostamente ter recebido uma doação de um milhão de reais (cerca de 236 mil euros) para o Instituto Lula em troca de interferência em negócios grupo brasileiro ARG na Guiné Equatorial.

Um especialista em direito penal consultado pela agência France-Presse indicou que as duas penas já aplicadas a Lula da Silva, que se encontra com 73 anos de idade, podem ser acumuladas, desde que não totalizem mais de 30 anos de reclusão, o máximo no Brasil.

A justiça brasileira condenou nesta quarta-feira o ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção e branqueamento de capitais, informaram fontes judiciais.

Lula, que presidiu ao Brasil entre 2003 e 2010, cumpre atualmente pena desde abril do ano passado, num outro caso de corrupção, em que a justiça considerou que o antigo chefe de Estado recebeu um apartamento em Guarujá, localidade costeira no estado de São Paulo, em troca de subornos.