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Coletes amarelos voltaram em força para um “Setembro negro” nas ruas de França

Foto REUTERS/Sergio Perez
Foto REUTERS/Sergio Perez

Milhares de “coletes amarelos” saíram ontem à rua em várias cidades franceses, na sua maioria em manifestações não autorizadas que culminaram em incidentes, em particular nas cidades de Paris e Montpellier (sul de França).

Na capital, a polícia prendeu 89 manifestantes, segundo números provisórios, disse à agência noticiosa Efe um porta-voz da Prefeitura, uma unidade do Ministério do Interior.

Outras 55 pessoas foram multadas por tentarem iniciar uma ação de protesto nos Campos Elísios, onde as concentrações estão proibidas, e entre as quais se inclui Éric Drouet, um dos líderes do movimento de protesto.

Em Montpellier, os incidentes mais graves decorreram na estação ferroviária e na praça da Comédia, onde as forças policiais carregaram sobre os populares e utilizaram granadas de gás lacrimogéneo para tentar dispersar os manifestantes, muitos deles com a cara coberta.

Nesta cidade do sul foi incendiada uma viatura policial, com as autoridades locais a referirem que o protesto reuniu cerca de 2.000 pessoas, incluindo 500 do grupo radical “Black Bloc”, com pelo menos sete detenções.

Em Rouen (norte da França), onde a prefeitura local proibiu os protestos, a convocatória juntou várias centenas de pessoas e também ocorreram detenções e multas que motivaram confrontos entre os manifestantes e a polícia.

Em Lille (norte), 1.500 pessoas (segundo os organizadores) percorreram algumas ruas da cidade, enquanto as ações dos “coletes amarelos” se revelaram menos virulentas em Nantes (noroeste) ou Toulouse (sudoeste), onde estão fortemente implantados.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, permanece o alvo central das críticas deste movimento de protesto, que após ter decrescido nos últimos meses, prometeu regressar em força após as férias de verão com um “setembro negro”.